segunda-feira, 26 de outubro de 2020

Novo folheto de Fábio Mozart, na linha de gracejo

 

Folheto “Anticandidato Bento Filho saúda os insensatos e pede passagem” está no Recanto das Letras:

https://www.recantodasletras.com.br/cordel/7084042

Os farsantes disfarçados de político invadem sua rua, sua casa, sua linha do tempo e enchem sua paciência, consomem seu tempo, não usam máscara e nem disfarçam a cara de pau. Bento Filho é o anticandidato, aquele que não tem pudor de ficar nu na frente do eleitor.

No folheto carta-proposta, Bento Filho critica muito pouco, mas acaba citando nomes de políticos influentes, o que pode render censura prévia, censura pós ou censura porrada, aquela lei do cassetete, muito valorizada nos atuais tempos militares.

Eu e o anticandidato já adiantamos que o direito de crítica, quando motivado por razões de interesse coletivo, não se reduz, em sua expressão concreta, à dimensão do abuso da liberdade de imprensa, conforme disse o Ministro Celso de Mello, decano do Supremo.

A gente interpreta as informações do dia a dia conforme nossas habilidades. O chargista faz seu desenho, o cronista conta o fato jocosamente, o compositor compõe sua marchinha sarcástica e o folhetista de cordel escreve seu folheto. No nosso caso, é cordel de gracejo, na linha “nós sofre, mas nós goza”.

No entanto, veja bem que a gente não toca fogo no barraco de todo político. Tem candidato se apresentando nesta eleição com seus princípios, humanidade, generosidade e coragem moral. São muitos, mas quase invisíveis, porque o sistema não permite que os bons se nivelem com os mercenários e corruptos no processo eleitoral, no esquema de promoção de suas ideias. A maioria dos que têm muito a dizer não dispõe nem de espaço no horário eleitoral gratuito. Viva o folhetista e viva os candidatos que ainda mantêm a capacidade de indignar-se diante das safadezas e conservar o vigor do santo gracejo.

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