sábado, 5 de janeiro de 2013

Militante feminista pede lei para atender à mulher vítima de violência


Sonia e Rosane Almeida representam as mulheres na Câmara de Itabaiana


A professora Irene Marinheiro, do Movimento de Mulheres 8 de Março, de João Pessoa, disse que vai encaminhar às vereadoras Rosane Almeida e Sônia, de Itabaiana, pedido para apresentarem projeto de lei que cria uma "central de atendimento à mulher vítima" no Município de Itabaiana. “Fui professora durante muitos anos na cidade, tenho uma relação de amizade muito grande com o povo itabaianense e parabenizo a todos pela eleição de duas mulheres ao Parlamento local”, disse Irene.

A professora Irene explicou que o projeto já existe em outras cidades, e consiste na implantação de um serviço telefônico gratuito. O Anteprojeto tem por finalidades denunciar situações de violência, fornecer orientação sobre os direitos femininos, além de fortalecer a política nacional de combate à violência à mulher. Ela esclarece ainda que, com a Lei Maria da Penha, muito já se conseguiu a favor da mulher, e a implantação da central de atendimento, que servirá para ajudar as vítimas de violência no Município e para esclarecimentos sobre os direitos da mulher, vem para dar uma maior segurança e apoio às mulheres que sofrem violência. 

PESQUISA
Segundo levantamento da Fundação Perseu Abramo, seis em cada 10 brasileiros conhecem alguma mulher que foi vítima de violência doméstica. Machismo (46%) e alcoolismo (31%) são apontados como principais fatores que contribuem para a violência. 91% dos homens dizem considerar que “bater em mulher é errado em qualquer situação”. Uma em cada cinco mulheres consideram já ter sofrido alguma vez “algum tipo de violência de parte de algum homem, conhecido ou desconhecido”. O parceiro (marido ou namorado) é o responsável por mais 80% dos casos reportados. 

Ainda conforme a pesquisa, 66% das brasileiras acham que a violência doméstica e familiar contra as mulheres aumentou, mas 60% acreditam que a proteção contra este tipo de agressão melhorou após a criação da Lei Maria da Penha (Lei nº 11.340/2006).

Realizado em 2011, o levantamento indica que o conhecimento sobre a Lei Maria da Penha cresceu nos últimos dois anos: 98% disseram já ter ouvido falar na lei, contra 83% em 2009.

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