POEMA DO DOMINGO
Soneto à gameleira morta
Machado bronco derrubou a
gameleira
Tal qual se deu com o carvalho do poeta,
Simbolizando o abate gestão abjeta
De gente vil, incréu, sem fé, aventureira.
A árvore sã que foi quase uma bandeira
De um povo bravo e forte que perdeu a meta
Caiu aos golpes de maligna vendeta
Tramada por vilã cruel e forasteira.
A musa inspiradora de
remotos cantores
Beijou a terra destilando antigas dores
Na rua suburbana que herdou seu nome.
À sua sombra cresceu a
comunidade,
Restando a estupefaciente ansiedade
Vinda de uma impotência que nos carcome.
F. Mozart
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