“Le
malade imaginaire”, do pintor francês Honoré Daumier, baseado no livro de
Molière, “O doente imaginário”. O quadro é de 1878.
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Moléstia
O câncer matou-lhe a fome
e, uma vez organizado,
não parou de progredir.
Doença como doutrina,
inaceitação positiva
como vômito consequente.
Fragmentos de matéria,
abortos mil e contrários
ao princípio da unidade
decompondo a criação.
Que dúvidas ainda ocorrem,
transfigurada figura,
sobre o teu “ser no
universo”?
És o abscesso que um dia
explodirá num sem número
de cacos apodrecidos,
semeando o racional.
F. Mozart
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