segunda-feira, 15 de outubro de 2012



Se tem uma tradição que nunca se quebra em qualquer eleição é da “hora da virada”. É a famosa “virada de casaca” de quem se passa da oposição para o lado do vencedor. É o oportunismo característico das disputas eleitorais. Todos de olho no futuro, quando vão querer apresentar a conta da adesão.

A Toca teve notícias de que outros vereadores de Itabaiana também aderiram nas primeiras horas ao prefeito eleito, Antonio Carlos. Eu falei especificamente de Júnior Pacheco porque foi um lance mais público e escancarado. No entanto, que fique bem claro que não tenho absolutamente nada contra o Júnior Pacheco a quem considero uma pessoa de bem. Suas opções políticas, isso sim, são do interesse público e suscetíveis de eventuais críticas, porque hoje ele é uma pessoa pública. 

Eu aqui neste espaço não quero confundir as coisas. No mais extremo exagero, tem os que acham que minhas considerações objetivam macular a honra do vereador eleito, o que não é verdade. Apenas fizemos uma constatação de um momento político menor. A não ser que consideremos o adesismo sem fundamento como uma coisa ética. 

Entretanto, e sempre tem um porém, não me considero o dono da verdade nem o moralista absoluto, o tal que quer ser a palmatória do mundo. Já dizia Millôr Fernandes: “Me dêem mil atos de absoluta moralidade e eu construirei um bordel.”  Mas é assim, se você passa a vida dizendo o que pensa, depois não venha se queixar. Tem que separar a pessoa física da pessoa institucional. O político com cargo eletivo é uma pessoa pública, um ente institucional. Ao se criticar o ato de um político, não se faz alusões à sua vida privada ou sua personalidade enquanto cidadão. Quando você aperta a pessoa física, dói. A pessoa institucional é imortal e absolutamente insensível.

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