Carimbó e Neneu Batista no estúdio da Rádio
Comunitária Araçá de Mari |
Se bom humor fosse dinheiro, Carimbó todo ano ia à Europa. Pense num caboclo tranquilo e calmo. Somos irmãos de provação e carma na estrada de ferro, nos estertores da rede ferroviária onde eu e ele nos aposentamos, no apagar das luzes.
Carimbó mora hoje em João Pessoa, deixou de beber e fumar porque o coração quis dar uma paradinha, teve que fazer operação. É um homem livre, com toda sua falta de consequência, uma pessoa que vive no limite da irresponsabilidade. Carimbó nunca quis saber quem pintou a zebra ou quem botou dobradiça na borboleta. Sempre quis foi rosetar. Esteve sempre de mal com a morte e de bem com a vida.
Certo dia, deixaram Carimbó encabulado. Chegou um doidinho por nome “Caveirinha” na Rádio Comunitária Araçá onde ele trabalhava de controlista.
CAVEIRINHA – O senhor faz o que aqui?
CARIMBÓ – Sou contra-regra.
CAVEIRINHA – Eu sou a favor.
CARIMBÓ – De que?
CAVEIRINHA – Da regra.
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