segunda-feira, 8 de outubro de 2012

O voto não muda nossa realidade, mas pode piorá-la um bocado




Na China, só pagam aos médicos se eles curarem o doente. Morrendo o paciente, o médico terá de entrar com algum dinheiro para o funeral. Aqui deveria ter essa lei: prefeito só recebe salário se cumprir seus compromissos de campanha. 

Aqueles que cuidam, ou deveriam cuidar da cidade, quando assumem perdem o foco. Esquecem o prometido. Cuidam de cuidar apenas do emprego para o parente, a parte do agiota que financiou a campanha, esquecem de organizar uma gestão eficiente, articulada com o povo. Vão tocando a administração da Prefeitura na base do improviso. Por isso, a continuidade da pobreza, os índices imorais de desenvolvimento humano que se vê nas cidadezinhas. 

A partir de janeiro, seria bom que os eleitores ficassem antenados com o governante eleito. Faça isso, eleitor! Votou no sujeito, cobre dele para não ter seu voto desrespeitado. 

O povo é benevolente. Diz sim até àqueles que mentiam enquanto sorriam, àqueles caras de pau que nos roubaram. Ainda que ele, o político traidor, nunca tenha pedido desculpas, o povo desculpa o fato dele ter ido embora de forma indigna, desculpa pelas promessas quebradas, a falta de sensatez. O povo perdoa, sem esperar a contrapartida, ama sem o devido retorno. Esse é o povo que habita as estatísticas do nosso subdesenvolvimento.

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