Futebol
e política
Efigênio Moura
O
futebol de Itabaiana tá mais para quinta divisão do campeonato do Amapá do que
para qualquer outra tentativa de progressão. Esse processo vem se deteriorando
há anos e é bem capaz de atingir o inatingível que é a eliminação total do
esporte.
Itabaiana
já teve muitos bons jogadores, alguns craques, mas nunca uma equipe capaz de
fazer vibrar, de encher estádios, de disputar competições de níveis
aparentemente superiores.
Pra
começar. nem estádio Itabaiana tem. O campo de futebol, se não me engano, é
propriedade privada. Itabaiana tem o Campo do Náutico, mas as ruas, as casas, o
calçamento e as ladeiras impedem a realização de uma pelada.
O
esporte não deixará de ser amador porque ninguém joga só com promessa. Não se
tem notícias da Liga Itabaianense de Futebol. O que temos e vemos são alguns
abnegados que tentam à exaustão, fazer acontecer aquilo que por pouco tempo
conseguirão. Serão felizes nesse momento. Sentir-se-ão Neymar, Lucas, Fred,
Ronaldinhos. Muito pouco para quem um dia foi Zico, Roberto Dinamite, Rivelino,
Fumachu, Lula...
Os
políticos, os que poderiam de verdade ganhar esse jogo, jogam e vencem sempre
com a ilusão. Nada de concreto para o futebol de Itabaiana, nem prefeito, nem
deputado, nem governador, só vereador que com poder e verba limitada, esboça um
sorriso amarelo para a cidade de chuteiras.
Na
falta do incentivo, os futebolistas, mesmo amadores, se voltam para outro
clássico, talvez o único que realmente interesse a toda uma cidade, a política.
E nessas eleições, tivemos a grata surpresa de um nascimento de uma terceira
força. Vamos para um clássico de nossa política. Dona Dida e o PMDB é o FLA-FLU
de Itabaiana. Sempre com embates históricos regados de verdades e mentiras, de
estratégias capazes de fazer calar qualquer Duda Mendonça, esse ano, o clássico
ficou de fora das disputas. Tudo graças à peripécia, à ousadia de um grupo,
cansado das mesmices, resolvendo peitar
os tradicionais. Mesmo recheados de velhos inimigos dos dois lados, o PMN, que
não deu a vereança a Manoel Medeiros, acabou com a alegria do clássico maior.
O
futebol de Itabaiana precisa de um fato assim. Novo e vigoroso. Alcançando a
segunda colocação, com uma diferença inferior a 650 votos, esse grupo tem uma
tendência a brigar por posições melhores de acordo com a estratégia do
candidato vencedor. Mas, pelo que já percebi e pelas fotos ‘feicebucadas’, integrantes do lado amarelo voltarão a ter cores
vermelhas.
Nada
de novo. Nem o futebol. Mas, para nossa esperança, aguardemos, pois, a
construção da VILA OLÍMPICA,
prometida em debate pelo candidato vencedor do ultimo pleito.
Queria
acreditar nisso.
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