Nasci no dia 31
de janeiro de 1941, hoje com mais de 26.500 dias ou 630 mil horas vividos.
Sou Filho de José Camilo Pereira Sobrinho e Josefa Pereira Borges. A casa da
gente tinha o número 108 da praça Mal. Deodoro. O casal, sem ter o que fazer,
danou-se a fazer filhos e o resultado... eu e mais 12. Dizem até que meu pai
botava a cueca pra secar e Dona Zefa amanhecia grávida.
Comecei a
trabalhar como locutor da Rádio Clube de Itabaiana. Logo deixei porque minha
voz era tão fina que provocava dúvida (locutor ou locutora?). Fui para A
Brasileira de José Nunes Machado. Depois saí de lá para ganhar mais dinheiro
nas Lojas Paulistas, razão pela qual fui taxado de “traidor” por Zé Nunes.
Dias depois, novo “emprego, garçom do Bar e Restaurante Teve Jeito de Ernani Maroja,
de onde saí por causa da cozinheira, uma tal de Zefa (xapralá!).
Quando atingi a
idade adulta (favor não confundir com “adúltera”) achei de bom alvitre (ôxen,
que diabo é isso?) cair no oco do mundo e fui bater em Campina Grande.
Trabalhei na portaria da Rádio Borborema e depois tornei-me bancário. Finquei
pé e não mais deixei de sê-lo (que idioma, meu Deus). Consegui me aposentar
no extinto Banco do Estado de Pernambuco. Acusaram-me até de “parente do
governador” porque aposentei-me como Assessor de Presidência. Não sabiam os
acusadores que eu, aos 11 anos de idade, havia concluído o Curso Primário do
Colégio São José de Dona Marieta Medeiros.
Até hoje não sei
por que me danei a escrever livros (?????). Vejam que títulos: UM PARAÍBA
FALANDO PARA O MUNDO, PARAÍBA & PERNAMBUCO UM CASAL MUITO MALUCO, PARAÍBA
& PERNAMBUCO NO PAÍS DO VUCO-VUCO, NORDESTE TINTIM POR TINTIM, ESSE
BANDEPE ARRETADO E SEUS BANCÁRIOS MARAVILHOSOS, CRIANDO CAUSO, SUA MAJESTADE
O POVÃO, OXENTE BRASIL!!! Está na agulha SEM VEIGONHICE DE MATUTO. Que
aguardem meus queridos, ilustres,, excelentíssimos , majestáticos e eruditos
leitores, a quem já vendi quase 30 mil livros. É assim mesmo: a gente vai
vendendo e gastando o dinheiro. No final, nem dinheiro, nem livro. Coisa de
escritor safado...
Devo a duas
pessoas parte do meu interesse pela arte de escrever: Marieta Medeiros pelo
que aprendi no seu colégio e Arnaud Costa, que me deu enorme e valioso
incentivo quando era o jornalista e redator d'A FOLHA. Levava-lhe meus
escritos e dele recebia os ensinamentos para redação de um texto, um artigo,
uma crônica. Nunca expressei a ele o meu agradecimento com receio de
incomodá-lo na sua humildade. Pra mim Arnaud foi um cabra arretado.
Alguém
perguntará: “O que restou de tudo isso?” - Saudade. Muita saudade. Tudo
o que fica do que não ficou.
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segunda-feira, 1 de julho de 2013
Erasmo Souto por ele mesmo
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