Ameba vai à manifestação protestar contra opressão de Madame Preciosa
Ameba é um desses brasileiros clássicos que vivem
reclamando, pedindo a forca para político desonesto, mas, na intimidade, adora
se dar bem, como aquele jogador de futebol dos anos 70 que fumava um cigarro
barato e abria um sorriso maroto pra dizer que gostava de levar vantagem em
tudo. Inclusive na questão do câncer de pulmão que o cigarro que ele anunciava
era forte, um desses “mata-rato” que acabam matando o suplicante usuário.
Mas voltemos ao infame Ameba, essa figura que só
faltou sair de um livro do Stanislaw Ponte Preta e seu Festival de Besteira que
Assola o País, outro clássico dos anos 70 que hoje eu tou é saudosista! O
infeliz não perde a chance de afrescalhar com tudo, até com a própria família e
amigos. É dele a fonte que informa: um açougueiro achou de se dar bem, vendendo
carne de cachorro no bairro onde ele, o Ameba, se esconde. A freguesia do
açougueiro cachorral, de tanto comer carne de cachorro, não pode passar por um
poste que dá vontade de fazer um pipizinho básico.
O repórter Ameba agora faz bico num jornal desses
que são impressos com sangue barato da periferia. Um tal de “Já Era”, jornal de peniqueira, desocupado e
desajustado, mas com forte penetração no segmento dos semi-analfabetos em geral. Ele foi cobrir as manifestações de
rua aqui em João Pessoa. Pintou a cara de verde/amarelo, encheu a cara de “água
de filosofia” e foi desfilar sua indignação na multidão de protestantes. Nada a
ver com aqueles crentes que já têm impressa a capa da Bíblia nos respectivos
suvacos, de tanto andarem pra cima e pra baixo explicando como se salvar do
inferno a preços módicos nessas igrejas pegue-pague.
Ameba brigou com Madame Preciosa por causa de uma
cangalha mal botada em Sonsinho, coisa de gente de baixa extração, e aproveitou
o ensejo para protestar contra a distinta, a qual lhe aplicou uma bonita surra
de vagina, acabando por quase consumar um vaginocídio. “Abaixo a ditadura das
ninfomaníacas”, protestava o cartaz do safado do Ameba. O aguerrido Ameba teve
que atender vários pedidos para explicar o que danado significa a palavra
ninfomaníaca. Para uma senhora de meia idade, ele esclareceu:
--- Ninfomaníaca se trata da mulher que tem um fogo
sem fim no útero, levando a suplicante a ter desejos carnais constantes e intensos.
Mulheres assim gostam de foder com todo mundo, são geralmente sádicas, agridem
seus parceiros como as fêmeas do Louva Deus, aquele gafanhotinho marronzinho
que quando acaba de trepar, perde a cabeça. Enfim, ninfomaníaca aproveita a
experiência alheia de tapear o próximo com conversinha bonita pra pegar o cabra
na contramão da safadeza e empurrar o vibrador na bolsa-esmola do suplicante
abestalhado.
A senhora de meia idade acreditou na definição de
Ameba, acrescentando:
--- Meu senhor, o mundo ta mudando. Pois não é que
descobriram a cura para o homossexualismo? Tem cura, segundo disse um pastor aí,
um tal de Malafalsa, um troço desses. Mas, o problema é a recaída. E outra
coisa, o senhor tem razão. Eu também tou protestando contra Dilma.
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