Eu e meu compadre Pedro levando um papo nas ondas da Tabajara |
Ontem foi o dia de recepcionar meu compadre Pedro Osmar
no programa “Alô comunidade”. Ao longo da entrevista que durou uma hora, este
singular artista paraibano falou do seu trabalho como criador multifacetado,
compositor, cantor, instrumentista, artista plástico, poeta e dramaturgo.
Simplicidade é uma das facetas da personalidade de Pedro
Osmar que mais se sobressaem à primeira vista. O homem não gosta de
formalidades. A escala geográfica da atuação de Pedro vai desde o bairro de
Jaguaribe onde nasceu e criou um movimento artístico histórico chamado “Jaguaribe
Carne”, até os confins de São Paulo, passando pela Europa e África. O que vale
destaque é o experimentalismo de suas criações na percussão, no violão, na
viola nordestina e até no piano. Pintor, poeta e agitador cultural, Pedro Osmar
é referência nas vivências e convivências do que de melhor gerou a cultura
paraibana nos últimos 40 anos.
Coerente com sua personalidade inquieta, Pedro se
inscreveu imediatamente no coletivo do projeto “Rádio Barata”, ideia de rádio
web que está sendo gestada por mim e pelos camaradas Gilberto Bastos, Heriberto
Coelho, Dalmo Oliveira, Ivaldo Gomes e Marcelo Ricardo. Essa “Rádio Barata”
pretende ser um campo livre para a comunicação, sem fins lucrativos ou
doutrinários, onde coisas estranhas devem acontecer entre o sonho e a
revolução.
Do meu reencontro com Pedro Osmar na velha Rádio Tabajara
da Paraíba (onde ele produz o programa “Macacos me mordam”), saiu a intenção de
montar uma das suas peças teatrais. É que, conversando com o mestre Pedro,
sempre surge um sonho ou um propósito de concepção de projetos novos ou
reciclados. Abdicando de sua condição natural de um dos maiores artistas que a
Paraíba criou, Pedro gosta mesmo é de ser coadjuvante nas ações de guerrilha
cultural que empreende nas periferias e sub-becos, na ânsia de renovar os
padrões estabelecidos a partir da visão dos explorados de todos os matizes.
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