sábado, 13 de julho de 2013

O rock e a Lei de Nelson




Tem a Lei de Newton e a Lei de Nelson. Esta última preconiza: “um corpo deitado em cama quentinha tende a permanecer deitado.” Não é o meu caso. Dou-me o luxo de dormir numa rede, própria de quem sabe que dormir é uma ostentação de pobre, rico acorda cedo pra contar seus milhões.

Acordando às quatro de la matina, soltando meu estilo fluente neste blog mergulhador no âmago das questões mais importantes da humanidade, cativo das artimanhas de Ameba e das safadezas de Madame Preciosa,  do abestalhamento de Sonsinho e da cretinice de Maciel Caju, a ferir os valores morais daquela dama super falsa e daquele misterioso e gay rapaz que anda falando horrores do velho Leão.

Voltando à Lei de Nelson, quando não se tem assunto nem inspiração, mas compromisso de manter um blog original feito pára-choque de fusca 68, você vai se imortalizando na literatura capenga e sem futuro, enchendo a folha com asneiras de literatiço. É assim: quando não tenho assunto para a croniqueta do dia, recorro à folhinha do calendário. Hoje é dia do rock e do cantor. Minha tipologia nessa área começa com Raul Seixas, o cara que inventou o rock brasileiro.  Ontem, li no Facebook depoimento de uma jovem filha de amigo meu, confessando que é fã de Raul, que escuta seus discos desde que era novinha, cresceu firmando este amor pelas ideias do maluco beleza. Pela Lei de Nelson, o eterno retorno é isso: só fica na roda viva o que tem substância. O resto desce pelo cano da latrina. Cáustico e irreverente, apesar de meio bobo nas questões pseudo filosofais que defendia junto com o “mala” Paulo Coelho, Raulzito cuspiu na cara dos ditadores e só isso o engrandece como artista e como contestador de uma época ruim.

E o cantor? No dia do cantor, meu voto de melhor voz do Brasil é para Emílio Santiago, que pegou o beco para o andar de cima recentemente.

Sim, e Nelson, de quem se trata? É uma pessoa que tem muito de especial. Pra começar, não existia até eu começar essa belíssima porcaria de crônica. Entrou para criar o contraponto com Newton, o físico que vocês conhecem do tempo de colégio.

Portanto, no dia do Rock, aproveite e lembre seu vizinho desta data, tocando o disco da sua banda favorita naquelas alturas, como bom roqueiro e mal vizinho que você é.


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