A RÁDIO BARATA ainda bem não botou as antenas de fora, já
esquematiza a grade de programação. É só um esquema geral, espaços aguardando
comunicadores ou sonhadores em pilotar projetos de cutucar cabeças
incutucáveis.
As baratas são cerca
de 5.000 espécies no mundo. Não é possível que a Rádio Barata não encontre meia
dúzia de insetos de cabeça curta, subtriangular, com olhos grandes para ver o
que está por trás da mídia escrota. A ordem é resistir, que a barata é mais
resistente que os humanos e quase todos os outros bichos. A bichinha se vira
muito bem em ambiente hostil. Se faltar comida, faz refeição de matéria em
decomposição e pode viver sem cabeça por algumas semanas.
Portanto, as
baratas são os verdadeiros heróis da resistência.
POSSÍVEL GRADE DE
PROGRAMAÇÃO:
Antena de Barata - (A notícia sob o ponto de vista do
receptor)
Visão de barata – (Programa de opiniões as mais
desencontradas)
Odor de barata – (Outro folhetim cagatório – Uma meia
dúzia de figuras cagando regra)
Barateando – (Coletivo de artistas alternativos)
Barata atômica – (Reúne o universo dos artistas
plásticos, fanzineiros e grafiteiros)
Barata tonta – (Humor rasteiro)
Barata versus baygon – Debate de tema atual.
Barata selvagem – Rock and roll pesadão
Barata de esgoto – Nosso programa anti-policial
Baratinhas – Crianças produzindo e rodando o
carrocel.
Isca de barata – Web TV com reportagens politicamente
incorretas do ponto de vista do sistema.
Barata psicodélica – Alucinações sonoras.
Barata na cama surta – Sexo animal (no caso, sexo baratal,
insetal caseiro noturno. Nos intervalos, som experimental.)
Barata ao molho livre – Música paraibana que não toca nem na
Tabajara.
Barata comunitária – (Edições do programa “Alô comunidade”)
EQUIPE DA PRODUÇÃO:
Fábio Mozart, Heriberto Coelho, Ivaldo Gomes, Marcelo Ricardo, Pedro Osmar e
Gilberto Júnior.
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