Ontem
foi o dia de lançamento de mais um filme de Jacinto Moreno, no Sebo Cultural.
Fui logo cedo, de dia, pra não pegar a noite porque tenho trauma noturno.
Quando deu as seis badaladas da hora do Ângelo, estava na livraria Sebo
Cultural que o poeta cantou no cordel “A catedral do saber”. Esse poeta sou eu
mesmo, em crise bajulatória pra ver se arrumava prestígio com o dono da
livraria, meu compadre Heriberto Coelho.
Mas
vamos ao lançamento propriamente dito. Multidão incalculável deixou de
comparecer ao evento cultural, por pura ignorância e falta de respeito com esse
realizador, carinhosamente conhecido por Zero Oitocentos, isso porque seus
filmes são feitos com custos zero. Todo mundo trabalha de graça nos filmes de
Jacinto.O elenco do filme estava lá,
incluindo Marcos Veloso, assistente de direção. Como Jacinto é muito
centralizador, Marcos realmente só ficou assistindo ele filmar todas as cenas
do filme que trata de um velho andarilho.
Nenhum
cinemista produziu tantos filmes como Jacinto na terra tabajarina. Já tem mais
de 10 curtas na sua curta carreira de diretor, ator, roteirista, cinegrafista,
editor, compositor e divulgador de suas obras em vídeo. Neste vasto mundo de
videastas que é a Paraíba do Norte, ele se consagra pela quantidade. Isso sem
ajuda de ninguém, que órgãos públicos de cultura aqui só investem nas grandes
figuras. Cabra assim feito Jacinto, humilde, eles não só não ajudam como fazem
todo o possível para arruinar o freguês. A Fundação de Cultura de João Pessoa
agendou lançamento do filme e, de última hora, fechou as portas na cara do
nosso Moreno, coisa que não se faz. Jacinto, entretanto, é uma alma tranquila e
a tudo perdoa.
Sobre
o filme “Caminhante”, aqueles que acusam Jacinto de fazer um trabalho medíocre
esquecem-se, comodamente, não apenas que a linguagem do cinema, como toda obra
de arte, tem muitas leituras, e também esquecem que ali, naquele trabalho feito
por tantas pessoas de boa vontade, tem a qualidade especial de algo construído
com o sentimento coletivo de vivo entusiasmo, onde só aparentemente perde
qualidade técnica e conceitual. Aprendi minha lição: antes de me juntar aos
críticos dos filmes de Jacinto, preciso antes pegar uma câmera e, com alguma
ideia na cabeça, montar algum filme nas mesmas condições em que ele o faz.
Câmara na mão e uma idéia na Cabeça, foi o início do Cinema Novo do baiano Glauber Rocha , ele incentivou várias gerações de cineastas de minha geração 50 prá cá no Brasil , America do Sul, quiçá outros continentes . ¨Jacinto Moreno¨ riograndense de Mossoró adotou a paraíba desde os anos 80 ,sua vértice foi a dramaturgia , escreve e atua , também já contracenado com o premiadíssimo teatrológo Tarcisio Pereira que esteve no lançamento do curta e fez emocionado depoimento sobre a época em que ambos estudavam e faziam o teatro do Lima Penante . Sua produção audiovisual aborda temas de INCLUSÃO SOCIAL dos mais variados seguimentos de nossa realidade , em ¨CAMINHANTE ¨ Jacinto destaca entre outros, um espaço dedicado a EDUCAÇÃO made in BRASIL a cena serve de MODELO para milhões de ESCOLAS que existem por ai onde o telespectador familiarizado com a realidade ,fará sua leitura.
Câmara na mão e uma idéia na Cabeça, foi o início do Cinema Novo do baiano Glauber Rocha , ele incentivou várias gerações de cineastas de minha geração 50 prá cá no Brasil , America do Sul, quiçá outros continentes .
ResponderExcluir¨Jacinto Moreno¨ riograndense de Mossoró adotou a paraíba desde os anos 80 ,sua vértice foi a dramaturgia , escreve e atua , também já contracenado com o premiadíssimo teatrológo Tarcisio Pereira que esteve no lançamento do curta e fez emocionado depoimento sobre a época em que ambos estudavam e faziam o teatro do Lima Penante . Sua produção audiovisual aborda temas de INCLUSÃO SOCIAL dos mais variados seguimentos de nossa realidade , em ¨CAMINHANTE ¨ Jacinto destaca entre outros, um espaço dedicado a EDUCAÇÃO made in BRASIL a cena serve de MODELO para milhões de ESCOLAS que existem por ai onde o telespectador familiarizado com a realidade ,fará sua leitura.