Estrebuchemos
Por uma
questão de ajuste
Em lógica
que nos assuste
Para não
comprometer
A harmonia
do mundo
É preciso
ter mais gente
Insistente
e renitente
Diga
sempre não à paz
Não
obedeça, rapaz!
Toda força
à intolerância
E à não
observância
Faça
rom-rom, torça a cara
Estrebuche,
mande a vara
Diga não à
paz armada
À luta,
camarada!
Com
pilhéria e bofetada
Agitemos a
manada
Cuspa a
moral de fachada
Que não
nos resta mais nada
Escarneça
do seu chefe
Cujo poder
é um blefe
Construa
seu inimigo
A partir
do próprio umbigo
Tudo isso
é uma grande farsa
Que a
própria alma esgarça
Resista a
cada momento
Ao
discurso fraudulento
Diga não à
lei e à ordem
Antes que
os nazi acordem
Zero grau
de disciplina
Ao menino
e à menina.
Sujo,
confuso e arredio
Que seja
assim nosso rio
Para nadar
de braçada
Em busca
do tudo ou nada.
F. Mozart
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