Eu entrevistando Geraldo Moraes na Rádio Tabajara |
Ontem tivemos a satisfação de receber o ator
Geraldo Moraes no programa radiofônico “Alô comunidade”. A conversa com o compadre Geraldinho me fez rever um filme que começou em 1976 quando eu e alguns jovens itabaianenses
fundamos a Sociedade Cultural Poeta Zé da Luz que depois mudou de nome,
chamando-se hoje Sociedade Amigos da Rainha do Vale do Paraíba. Naquele tempo,
a gente tentava convencer outros rapazes e moças a estudar e praticar teatro. Revi nosso idealismo carregando cadeiras e
panos de nossas casas, fazendo economias para comprar fios e bambolinas para
nosso teatrinho de bolso, o “Nautília Mendonça” de saudosa memória.
Geraldinho Moraes é um desses moços
idealistas e inteligentes. Com seus 24 anos de existência, ensina lições de
vida e de amor à cultura. É um cara sem medo de aprender e com bastante
humildade para ensinar o que sabe. Vem dos subúrbios, dos quatro cantos da
miséria social, onde os jovens não têm muitas alternativas para seguir na vida
com dignidade. Geraldinho estudou, aprendeu uma lição definitiva: no coletivo,
o sujeito caminha com mais firmeza nos pés. Tornou-se socialista e fez da briga
por um mundo melhor seu projeto de vida.
Esse rapaz é parte de uma Itabaiana pela qual
faz gosto lutar. É por Geraldinho e por
tantos outros companheiros de sua estirpe que assumimos nosso lugar na batalha
pela afirmação cultural do nosso povo, de forma soberana. Esse Geraldo é um
desses caras que agem e fazem com dignidade um Brasil de baixo para cima.
O resto é meia dúzia de dois ou três
mentirosos, trapaceiros cujo disco moral roda da única maneira que sabe,
caluniando, achincalhando e difamando as pessoas de bem. Elementos que são um
perigo social com seus ataques, como um xerife invertido matador de honra
alheia. Soube de um que agride gratuitamente o Ponto de Cultura Cantiga de
Ninar nos seus espasmos de viciado em quarentena, abaixo de qualquer suspeita,
cantando a canção fúnebre dos pobres de espírito que é o meio que tem de
degradar os sãos, os que não vivem no seu mundo de infâmia, consolidando seu
caráter de cão raivoso.
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