Eu com meu compadre Valdo
Enxuto levando um papo com o poeta Augusto dos Anjos na Academia Paraibana de
Letras. Enxuto querendo saber o que porra é “monera” de que tanto fala Augusto
nos seus poemas noiados. Eu, na dúvida se perguntava ao poeta se realmente a
árvore da serra era o filho que ele emprenhou numa escrava da fazenda do seu
pai. Não querendo entrar nas intimidades do poeta dos Anjos da Morte, indaguei
sobre os termos científicos usados em seus trabalhos, se seria uma espécie de
propaganda subliminar de remédios ou de cursos da área, já que a publicação do
seu primeiro e único livro foi financiada pela Faculdade de Medicina.
O poeta permaneceu calado na
sua mudez de bronze, caso em que fomos obrigados a ler suas respostas no livro
“Eu”, soubemos que Augusto vive agora na pátria da homogeneidade, quando
pararam todos os relógios. De fato, o relógio do começo do século vinte
pendurado no casarão da Academia encontra-se devidamente parado, “abraçado com
a própria eternidade.”
Leia meu cordel sobre Augusto dos
Anjos, obrigado:
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