A rapper Clareana Cendy vai levar a a Nega Nagô, boneca de carnaval, para a festa em Itabaiana |
Pode? Acho que dá liga. Vou tentando engendrar esse projeto
para a entrega do Prêmio Leonilla Almeida, em 14 de março, na cidade de
Itabaiana, terra do mestre Zé Leiteiro, antigo cacique de tribo indígena do
carnaval, cuja filha, do Carmo, será homenageada por manter a tradição dos
caboclinhos do pai.
Na mesma festa, vai entrar o frevo com orquestra local
tocando para o Zé Pereira, figura tradicional do carnaval de Itabaiana, porque
vamos homenagear dona Mocinha Lopes, aguerrida carnavalesca mantenedora da
tradição. E no meio da zoada, aparecerá Clareana Cendy, com seu Hip Hop
engajado nas lutas sociais.
Entre um batuque e outro, poetas de Itabaiana declamarão seus
poemas em homenagem às mulheres, esses seres festivos por natureza. O prêmio também será entregue à professora Ozaneide Vicente, de Mari, professora Luzinha de Itabaiana e outras figuras femininas da região.
Misturar rap, maracatu e batida de tribo indígena é unir
cultura de rua que vem dos americanos e nossos batuques de raiz, fortalecer
nossa cultura afro-indígena, em meio aos elementos tradicionais da literatura
de cordel, os versos dos poetas e o canto falado do hip hop. A
própria cultura Hip Hop gosta de misturar. Vai dar liga, podes crer, brother!
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