sábado, 7 de março de 2015

O leão ta puto!


Olhe, seu menino, a pior coisa é a ingratidão. Em tempos de superinformação, também não se concebe que as pessoas não se comuniquem, a não ser por mexericos de rua. Tem que ser assim? Não. É assim porque reina o egoísmo e falta de tato, ausência até de visão histórica.

Essa historinha eu vou contar daqui a alguns dias, envolvendo uns “amiguinhos” de minha terra. Escreverei o histórico desse lamentável episódio se a pessoa que é o centro do enredo mambembe continuar insistindo em me chamar de mentiroso e “armador”.

Enfim, deixa pra lá por enquanto, pra saudar as pessoas que realmente vêm com ideias, bom senso e vontade de mudar o mundo, pelo menos seu universo imediatamente à frente dos seus olhos, que é a sua rua, seus contemporâneos, a realidade de sua aldeia. Um salve para Ranys Ribeiro, fotógrafo de Itabaiana lançando sementes para acudir a memória de sua cidade, ajudando a salvar o que resta do patrimônio cultural. Um passinho nesse sentido é um mar imenso. Eu busco valorizar o gesto e a palavra, que seja simples, mas sincero e significativo, pois é bom perceber que a vida é mais importante.


Mas o leão vai amenizar sua decepção com um encontro hoje, sábado, no Sebo Cultural, com os poetas Sander Lee e Vavá da Luz, com o adjutório rico de Dalmo Oliveira e Valdemir Almeida, para tratar da festa da poesia de cordel que será realizada em Ingá no dia 27 de março. Paira sobre nossas cabeças a fantasia de tornar a literatura de cordel uma referência incontornável, movidos pela inquietação e o desejo de mostrar essa arte simples e tão característica do Nordeste. É um presente ao qual devemos ser gratos essa coisa de juntar tantos amigos poetas numa associação para a honra e glória da poesia popular. A gente vai pouco a pouco aprofundando nossas atividades, contando com a ímpar energia e vontade do compadre Sander Lee e com a boa vontade de gente como Vavá da Luz para construir a trajetória da Academia de Cordel do Vale do Paraíba.

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