Olhe,
seu menino, a pior coisa é a ingratidão. Em tempos de superinformação, também
não se concebe que as pessoas não se comuniquem, a não ser por mexericos de
rua. Tem que ser assim? Não. É assim porque reina o egoísmo e falta de tato,
ausência até de visão histórica.
Essa
historinha eu vou contar daqui a alguns dias, envolvendo uns “amiguinhos” de
minha terra. Escreverei o histórico desse lamentável episódio se a pessoa que é
o centro do enredo mambembe continuar insistindo em me chamar de mentiroso e “armador”.
Enfim,
deixa pra lá por enquanto, pra saudar as pessoas que realmente vêm com ideias,
bom senso e vontade de mudar o mundo, pelo menos seu universo imediatamente à
frente dos seus olhos, que é a sua rua, seus contemporâneos, a realidade de sua
aldeia. Um salve para Ranys Ribeiro, fotógrafo de Itabaiana lançando sementes
para acudir a memória de sua cidade, ajudando a salvar o que resta do
patrimônio cultural. Um passinho nesse sentido é um mar imenso. Eu busco
valorizar o gesto e a palavra, que seja simples, mas sincero e significativo,
pois é bom perceber que a vida é mais importante.
Mas
o leão vai amenizar sua decepção com um encontro hoje, sábado, no Sebo
Cultural, com os poetas Sander Lee e Vavá da Luz, com o adjutório rico de Dalmo
Oliveira e Valdemir Almeida, para tratar da festa da poesia de cordel que será
realizada em Ingá no dia 27 de março. Paira sobre nossas cabeças a fantasia de
tornar a literatura de cordel uma referência incontornável, movidos pela
inquietação e o desejo de mostrar essa arte simples e tão característica do
Nordeste. É um presente ao qual devemos ser gratos essa coisa de juntar tantos
amigos poetas numa associação para a honra e glória da poesia popular. A gente
vai pouco a pouco aprofundando nossas atividades, contando com a ímpar energia
e vontade do compadre Sander Lee e com a boa vontade de gente como Vavá da Luz
para construir a trajetória da Academia de Cordel do Vale do Paraíba.
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