domingo, 29 de março de 2015

POEMA DO DOMINGO

Sem resposta

Mensagens mais urgentes são interditadas
Inércia mui perplexa então já se instaura
Confundindo cores descoradas de minha aura
Não reconheço as matizes misturadas.

Os dias e noites passam por telefone
Por fax e por cartas, sem halo de grandeza
Sem decodificação, e fica a incerteza
Se luto contra brisa, tufão ou um ciclone.

A ti, somente a ti, importa o teu martírio
Não passa na tv a cor do teu desgosto
E a comunicação da dor alheia falha.

Não foi telegrafado o tom do teu delírio
O som da tua voz sumiu, e isto posto,
Jamais encontrarão teu grito nessa malha.


F. Mozart

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