Foi assim que meu compadre Fred Borges explicou sua
presença no 1º Sarau das Almas, um evento lítero-artístico promovido por poetas
e artistas do Ponto de Cultura Cantiga de Ninar, que vai rolar no dia 14 de
março no Café Sivuca, às 20 horas. O momento também será de reconhecimento de
vidas ilustres de mulheres da região, com a entrega do Prêmio Leonilla Almeida
à atriz Zezita Matos, “dama do teatro paraibano”, às carnavalescas Mocinha
Lopes e Do Carmo, filha do mestre Zé Leiteiro, cacique da tribo “Tupinambá” do
carnaval de Itabaiana, além da ativista do movimento negro Clareana Cendy e as
professoras Neide Vicente e Da Paz, de Juripiranga.
Além de Fred, o declamador Orlando Otávio e o ator
Ed Gonchá estão na programação, com direito a exibição de documentário sobre
Zezita Matos e performance das meninas, que querem cantar a balada “Mulher
nova, bonita e carinhosa faz o homem gemer sem sentir dor.”
O evento inaugura uma nova forma de intervenção
artística em ambiente público na cidade. O grupo de organizadores, capitaneado
pela poeta Renaly Oliveira, pensa em agendar saraus quinzenais para levar a
poesia e outras artes ao público na praça.
A polêmica gira em torno da balada de Otacílio
Batista, gravada por Zé Ramalho e Amelinha. “A letra á machista”, garante
Fabiana Veloso, do movimento feminista. Ela explica que existem duas concepções
para o 8 de março, Dia Internacional da Mulher: uma festiva e outra de luta. “Fico
com a segunda por questão de História e referência”, disse ela.
De uma forma ou de outra, as moças do Ponto de
Cultura vão marcar o mês das mulheres com homenagem a algumas delas que servem
de exemplo de combatividade pela cultura, pela dignidade e pelo progresso da
humanidade.
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