sexta-feira, 6 de março de 2015

Sarau das Almas vai louvar as mulheres e os homens com alma feminina


Foi assim que meu compadre Fred Borges explicou sua presença no 1º Sarau das Almas, um evento lítero-artístico promovido por poetas e artistas do Ponto de Cultura Cantiga de Ninar, que vai rolar no dia 14 de março no Café Sivuca, às 20 horas. O momento também será de reconhecimento de vidas ilustres de mulheres da região, com a entrega do Prêmio Leonilla Almeida à atriz Zezita Matos, “dama do teatro paraibano”, às carnavalescas Mocinha Lopes e Do Carmo, filha do mestre Zé Leiteiro, cacique da tribo “Tupinambá” do carnaval de Itabaiana, além da ativista do movimento negro Clareana Cendy e as professoras Neide Vicente e Da Paz, de Juripiranga.

Além de Fred, o declamador Orlando Otávio e o ator Ed Gonchá estão na programação, com direito a exibição de documentário sobre Zezita Matos e performance das meninas, que querem cantar a balada “Mulher nova, bonita e carinhosa faz o homem gemer sem sentir dor.”

O evento inaugura uma nova forma de intervenção artística em ambiente público na cidade. O grupo de organizadores, capitaneado pela poeta Renaly Oliveira, pensa em agendar saraus quinzenais para levar a poesia e outras artes ao público na praça.

A polêmica gira em torno da balada de Otacílio Batista, gravada por Zé Ramalho e Amelinha. “A letra á machista”, garante Fabiana Veloso, do movimento feminista. Ela explica que existem duas concepções para o 8 de março, Dia Internacional da Mulher: uma festiva e outra de luta. “Fico com a segunda por questão de História e referência”, disse ela.

De uma forma ou de outra, as moças do Ponto de Cultura vão marcar o mês das mulheres com homenagem a algumas delas que servem de exemplo de combatividade pela cultura, pela dignidade e pelo progresso da humanidade.


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