Sabendo que sou puto com esse tal de Papai Noel,
coleguinha, de sacanagem, fez essa montagem e me desafiou para postar aqui na
Toca.
Ta no Google: “A
imagem do personagem natalino foi fixada e difundida para o mundo na segunda
metade do século 19 pelo ilustrador e cartunista americano Thomas Nast. O Papai
Noel de Nast foi fonte inspiradora de uma avassaladora campanha da Coca-Cola
nos anos 1930, transformando o “bom velhinho” em um dos maiores símbolos do
Natal.”
Por isso, minha campanha anual: faça um velhinho feliz
(no caso, eu): mate o Papai Noel e me mande suas orelhas.
O grupo de punk rock chamado “Garotos podres” gravou o
“Papai Noel filho da puta”:
Papai Noel filho da puta
Rejeita os miseráveis
Eu quero matá-lo!
Aquele porco capitalista
Presenteia os ricos
E cospe nos pobres
Mas nós vamos sequestrá-lo
Rejeita os miseráveis
Eu quero matá-lo!
Aquele porco capitalista
Presenteia os ricos
E cospe nos pobres
Mas nós vamos sequestrá-lo
E arrancar o seu saco
Hoje em dia, as chances de um papai Noel passar
despercebido pelas ruas é enorme. Todo velhote desempregado procura emprego de
Papai Noel nessa época mais chata do ano, quando um bando de babacas festeja o
aniversário de um mito, enchem a caveira de cana e ficam desejando felicidades
a gatos e cachorros, no festival anual de hipocrisia que só não é maior do que o
tal de réveillon.
Não sei quem foi que disse que todo político tem
tecla SAP embutida. Fala dois idiomas normalmente. Um idioma para os idiotas
eleitores e outra linguagem para seus cupinchas e o restante da quadrilha. A
prefeita de Pilar levou um Papai Noel com trenó e tudo para distribuir
presentes numa cidade onde é comum o termômetro marcar 40 graus à sombra. Os
locais acharam o máximo esse absurdo de inversão imaginária de mal gosto. Subliminarmente,
a prefeita quis dizer que Papai Noel é uma ilusão, não existe, mas vai aparecer
sempre na mente dos moradores como uma coisa brilhante, rica, benfazeja,
distribuindo felicidade em cada moradia pobre do lugarzinho. Igual à própria
imagem da fulana prefeita. Andar de trenó
nas ruas do Pilar de Zé Lins é uma coisa tão surreal quanto passear montado num
jumento pelas avenidas centrais de São Paulo.
Procurado pela reportagem, Papai Noel mandou dizer
que não existe, mas aceita cartão.
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