Esse
garoto da esquerda com o violoncelo é meu sobrinho Caio Fábio, filho de
Lavoisier, que mora atualmente em Patos do Major Zezé. Ele participa do PRIMA –
Programa de Inclusão Através da Música e das Artes.
O evento: um concerto de Natal no Espaço Cultural, em João Pessoa. PRIMA é
projeto paraibano de orquestras jovens, que também inclui corais e bandas, já
está presente em nove cidades e ensina música instrumental a cerca de 1.200
crianças e adolescentes (com o objetivo de atingir 10 mil jovens nos próximos 5
anos).
Um dos meus objetivos em 2015 é
levar esse projeto para Itabaiana, terra de grandes músicos, alguns consagrados
mundialmente como o mestre Sivuca. Meu tio José Marinho tocava bombardino na
Banda 1º de Maio de Itabaiana nos anos 50. Tenho dois filhos que são músicos profissionais.
A música rola no sangue de nossa família.
“O
projeto PRIMA
é sonho antigo do atual governador Ricardo Coutinho, e ele o implementou assim
que assumiu o governo”, explica o maestro Alex Klein. “O programa hoje tem um
corpo docente de 50 profissionais que ensinam música a cerca de 1.200 crianças
e adolescentes. O foco principal não é ser uma simples escola de música.
Trata-se, muito mais, de uma verdadeira escola de vida, um trabalho de inclusão
através da música, das artes e de uma certa sabedoria existencial”.
Um cara que assume o
Governo de um Estado como o nosso e implanta um projeto desse, merece nosso
reconhecimento. Conheço de perto o poder da música na valorização, no aumento
da auto-estima de jovens. Os meninos e meninas da escola de violão do Ponto de
Cultura Cantiga de Ninar se sentem apoiados e protegidos no caminho da música,
levados pelos voluntários, maestro Josino Mendes e Antonio Maurício e pelo
violonista Rosival Silva. Com paciência e dedicação, ensinam a teoria e prática
da música e, mais ainda, valores como o companheirismo, respeito e fé nas suas
potencialidades.
O PRIMA
é inspirado no Sistema de Orquestras Juvenis e Infantis da Venezuela, criado
nos anos 70 pelo maestro José Antônio Abreu. Atende a jovens estudantes da rede
pública de ensino e funciona em parceria com os municípios e prefeitura do
estado. Está distribuído em polos de ensino localizados em áreas carentes e que
funcionam em escolas públicas, associações e prédios históricos. Além de ter os
ensinamentos dos professores, os alunos vão aprendendo e passando aos colegas o
que já sabem. Os mais experientes e dedicados passam a atuar como verdadeiros
professores, recebendo inclusive uma ajuda de custo e pequenos salários.
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