Estou às voltas com mais de mil livros para colecionar,
limpar, separar e, obviamente, ler!
Os livros da biblioteca do Ponto de Cultura
Cantiga de Ninar estão comigo para limpeza, catalogação e inserção na
blogosfera. Seremos a primeira biblioteca comunitária da Paraíba a ter seu
acervo digitalizado e disponível na internet.
Na sessão poética, encontrei esse livrinho, “Aprenda
a fazer versos”, de Manoel Macêdo. Ele
diz que verso é a poesia medida e contada em estrofes, metrificada e coisa e
tal. Já a poesia é a criação inspirada do espírito humano. Fala dos versos,
alexandrinos e tudo o mais, das rimas em suas estrofes e dos gêneros poéticos.
Esse deve ser um livrinho de cabeceira de muito cabrinha que gosta de poesia e
se aventura a se expressar nessa língua dos iniciados ou apenas dos encantados.
Gêneros lírico, satírico, épico, até um tal
gênero ligeiro, que são pequenas poesias, acho que muito parecidas com o
hai-kay japonês, onde se põe em relevo um pensamento elevado, satírico ou
humorístico. Tem até nome engraçado, triolé. Jamais soube que uma poesia curta
pudesse ser chamada de triolé.
O autor fala dos versos livres e dá de quebra
um pequeno dicionário de rimas. Enfim, um manual para quem quer fazer versos “como
uma válvula por onde escapam os suspiros d’alma”. Uma definição de poeta que
achei até bacaninha: “É um literato que pensa por meio de imagens”.
Nessa mexida nos livros doados por muita
gente, encontro aqui e ali pequenas surpresas. Uma foto de uma senhora, provavelmente
tirada nos antigos fotógrafos “lambe-lambe”, da década de 1940. Uma flor ressecada
entre as páginas do clássico “Robinson Crusoé”. Dedicatórias comoventes. Uma do pai para o filho que completava quinze anos. Outra da professora ao seu aluno preferido. Enfim, vou relatando aqui o que for encontrando nessa arrumação dos livros.
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