Sonsinho, meu amigo que tem um ligeiro retardo mental, não é burro. Uma definição convincente sobre burrice foi dada pelo historiador e economista italiano Carlo Cipolla: “Uma pessoa burra é aquela que causa algum dano a outra pessoa ou a um grupo de pessoas sem obter nenhuma vantagem para si mesmo – ou até mesmo se prejudicando.” As besteiras de Sonsinho não ofendem a ninguém, e me ajudam a preencher o espaço de hoje na Toca, por falta de assunto melhor.
ALGUMAS DEFINIÇÕES CLÁSSICAS DO ESTUDANTE DE DIREITO SONSINHO:
· Para “tiro à queima roupa” é preciso que a vítima esteja vestida.
· Leis concretas são as elaboradas por pedreiros.
· Bens móveis são aqueles fabricados em marcenarias.
· Contrato bilateral é aquele celebrado entre o lateral direito e o lateral esquerdo da seleção.
· Direito Penal trata das relações entre as aves de pena.
· Signatários são os caras que inventaram o horóscopo.
ALGUMAS COISAS SOBRE A BURRICE QUE ESTE ASNO AQUI NÃO SABIA:
· O burro não sabe que é burro e tende a repetir várias vezes o mesmo erro.
· A burrice é contagiosa. As multidões são muito mais estúpidas que as pessoas que as compõem. Isto explica as multidões em shows de bandas fuleiras e comícios de candidatos idem.
· O poder emburrece”, afirmava o filósofo alemão Friedrich Nietzsche. Por quê? Quando estão no poder, as pessoas muitas vezes são induzidas a pensar que, justamente por ocuparem aquele posto, são melhores, mais capazes, mais inteligentes e mais sábias que o resto da humanidade. Vide certo governador de certa província nordestina, vizinha de um rio grande e do meu Pernambuco Leão do Norte.
TODOS NÓS ESTAMOS prontos a admitir que somos um pouco loucos, mas burros, jamais. Eu admito minha asnice. Por exemplo, não sei dirigir, apesar de fazer isso há mais de 30 anos. Tenho dificuldade para estacionar, por exemplo. No geral, entretanto, as pessoas não assume sua burrice, vide Felipão.
Mas, em geral, um pouco de burrice faz bem. Os menos inteligentes vivem mais, segundo pesquisas de cientistas que se acham o máximo. Esses, erraram muito aos vinte anos, continuaram errando aos 40, mas agora não têm mais tempo nem senso crítico para avaliar suas besteiras.
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