Zezé |
Escreveram na linha do tempo de
Linda Feitoza: “Você é gentil, delicada, sutil, companheira, perfeccionista,
elegante e sincera”. Eu acrescentaria: e
inteligente. Linda Feitoza é a nossa Linda Cabeleireira, a primeira empresária
a dar apoio cultural para a Rádio Comunitária Araçá, em Mari, quando essa
emissora surgiu em 1998, e a primeira mulher a transmitir programa pelo mesmo
canal comunitário. Acreditou de primeira na ideia de uma mídia radiofônica
independente e com conteúdo que respeite a inteligência do ouvinte e a cultura
local.
Linda Feitoza |
Eu estava distraído quando me cai
no Facebook a página de Linda, agora residindo em Petrópolis, ainda cuidando da
beleza feminina com sua “finesse” e seu jeito de ser gentil. Gente “chic”,
elegante e sincera que, de alguma forma, ajudou a fazer nossa pequena revolução
na cidadezinha com a rádio que ainda hoje estremece um pouco as bases. Linda
partiu para remotas terras de reis e hoje volta com o milagre da internet.
Pelo mesmo canal aparece minha
amiguinha de infância, Zezé que há meio século não vejo. Fomos vizinhos em
Itabaiana, crescemos juntos. Conheci vagamente seu marido, ferroviário como eu.
Zezé pertence, portanto, à família ferroviária. Esteve na terrinha nessas
festas juninas, visitou o Ponto de Cultura Cantiga de Ninar e levou meu livro
de crônicas itabaianenses. Hoje ela é Mazé. Ninguém a chama de Zezé, só eu, que
era esse o nome pelo qual era conhecida quando menina, fazendo peraltices pela
rua Santa Cecília. Era a mais velha da turma, a mais inteligente, o que lhe
dava uma grande superioridade. Dessas pessoas marcantes das quais a gente nunca
esquece. Não a encontrei pessoalmente. Mandou foto de sua visita, onde aparece
lendo meu livrinho. Parece que estou ouvindo sua risada tão alegre como
antigamente. Uma risada de cristal, desses cristais antigos como não se fabrica
mais.
Agradeço o carinho e a participação na rádio Araca. E, fico feliz, que mesmo por meio de notícias tão irrisórias quanto as minhas, muitas informações foram compartilhadas e que talvez tenham ajudado muitas pessoas.
ResponderExcluirÉ com saudosismo, que hoje relembro os bons tempos em que fiz parte dessa família de Mari. De nossa vida pacata, ingênua, porém muito digna.
Mas, como otimista que sou pela decência e natureza da espécie, anseio aos dias prudentes, em cabelos ao vento, a felicidade de forma irrestrita.
Um grande abraço, Fábio!!
Carinhosamente,
Linda Feitoza.