sábado, 29 de junho de 2013

O passado chegando pelo Facebook


Zezé

Escreveram na linha do tempo de Linda Feitoza: “Você é gentil, delicada, sutil, companheira, perfeccionista, elegante e sincera”.  Eu acrescentaria: e inteligente. Linda Feitoza é a nossa Linda Cabeleireira, a primeira empresária a dar apoio cultural para a Rádio Comunitária Araçá, em Mari, quando essa emissora surgiu em 1998, e a primeira mulher a transmitir programa pelo mesmo canal comunitário. Acreditou de primeira na ideia de uma mídia radiofônica independente e com conteúdo que respeite a inteligência do ouvinte e a cultura local.  

Linda Feitoza
Eu estava distraído quando me cai no Facebook a página de Linda, agora residindo em Petrópolis, ainda cuidando da beleza feminina com sua “finesse” e seu jeito de ser gentil. Gente “chic”, elegante e sincera que, de alguma forma, ajudou a fazer nossa pequena revolução na cidadezinha com a rádio que ainda hoje estremece um pouco as bases. Linda partiu para remotas terras de reis e hoje volta com o milagre da internet.

Pelo mesmo canal aparece minha amiguinha de infância, Zezé que há meio século não vejo. Fomos vizinhos em Itabaiana, crescemos juntos. Conheci vagamente seu marido, ferroviário como eu. Zezé pertence, portanto, à família ferroviária. Esteve na terrinha nessas festas juninas, visitou o Ponto de Cultura Cantiga de Ninar e levou meu livro de crônicas itabaianenses. Hoje ela é Mazé. Ninguém a chama de Zezé, só eu, que era esse o nome pelo qual era conhecida quando menina, fazendo peraltices pela rua Santa Cecília. Era a mais velha da turma, a mais inteligente, o que lhe dava uma grande superioridade. Dessas pessoas marcantes das quais a gente nunca esquece. Não a encontrei pessoalmente. Mandou foto de sua visita, onde aparece lendo meu livrinho. Parece que estou ouvindo sua risada tão alegre como antigamente. Uma risada de cristal, desses cristais antigos como não se fabrica mais.

Um comentário:

  1. Agradeço o carinho e a participação na rádio Araca. E, fico feliz, que mesmo por meio de notícias tão irrisórias quanto as minhas, muitas informações foram compartilhadas e que talvez tenham ajudado muitas pessoas.

    É com saudosismo, que hoje relembro os bons tempos em que fiz parte dessa família de Mari. De nossa vida pacata, ingênua, porém muito digna.

    Mas, como otimista que sou pela decência e natureza da espécie, anseio aos dias prudentes, em cabelos ao vento, a felicidade de forma irrestrita.

    Um grande abraço, Fábio!!

    Carinhosamente,

    Linda Feitoza.

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