Chorró com Evanio Teixeira |
Estamos
na semana de José Lins do Rego. Hoje, terça-feira (4) começa uma maratona de
manifestações artísticas sobre a vida e o universo “zelinianos”. Isso na
capital João Pessoa, porque em sua cidade natal, Pilar, não tenho conhecimento
de nenhuma programação homenageando o célebre escritor.
De
lá, de Pilar velha de guerra, meu compadre e confrade Evanio Teixeira manda um
perfil interessante de uma figura que vive por lá. É o Chorró, um homem
simples, pacato e divertido. Segundo Evanio, Chorró gosta de fazer pegadinhas
com os amigos, jogar dominó e conversa fora nas praças, contando causos. O nome
dele é José Pedro da Silva. Na infância, trabalhou nas fazendas dos coronéis da
região. Passou boa parte da vida no famoso Engenho Corredor onde nasceu José Lins
do Rego. Foi vaqueiro, vigilante e homem de confiança dos patrões. Hoje, Chorró
vive de aposentadoria e é atração no grupo “Alegria de viver”, formado por
idosos e organizado pela Secretaria de Ação Social da Prefeitura. O grupo tem
por objetivo tirar o velho da ociosidade, botando a moçada pra se divertir,
sair da mesmice, se socializar e ganhar mais qualidade de vida.
Chorró
costuma dizer que, se você der cem reais a um pobre, pode depois procurar o
sujeito em um desses três lugares: numa bodega, em mesa de jogo ou no cabaré.
Essa figura folclórica e simpática de Pilar estará no meu programa “Alô
comunidade”, transmitido todo sábado pela Rádio Tabajara da Paraíba, produzido
pela Rádio Comunitária Zumbi dos Palmares, de João Pessoa. Ele e seu amigo
Evanio Teixeira, misto de agente comunitário de saúde, jornalista amador e
músico roqueiro. É nosso registro para a Semana de José Lins do Rego. Chorró é
um descendente dos cabras do coronel Papa Rabo. Chorró é aquele que bajula o patrão e,
pelas costas, zomba com graça, faz careta e se diverte com o ridículo dos
poderosos.
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