Um dos
menores São João do mundo foi realizado no centro histórico de João Pessoa,
conforme programação anunciada pela turma da banda Zefirina Bomba, nome dos
mais fortes no rock paraibano da última década. Eles tocaram na praça Antenor
Navarro e se juntaram ao Coletivo Mundo na campanha Sertão Sem Sede, que está
arrecadando água de beber para vítimas da seca no sertão da Paraíba. Ainda tem
seca na Paraíba?
Entretanto,
o menor São João do mundo mesmo foi no meu escritório/quarto/atelier/estúdio,
de onde não saio desde sábado último. Aqui não rolou forró, foguetões, comidas
de milho nem quentão. Na atmosfera deprê
deste espaço de criação, apenas o som leve do piano de Antonio Guedes Pereira,
paraibano considerado um dos cinco melhores do mundo neste instrumento
Sobre essas
manifestações de rua, nada contra, mesmo sabendo que a maioria dessa garotada
acaba na onda cultural da corrupção individual eleitoral. Promitentes
vendedores de futuros votos de cabresto que perpetuam essa merda de que
reclamam agora. Os ladrões da grana
pública sempre pedem a absolvição e o povo dá. Até Madame Preciosa, gorda
senhora de sólido físico e fortes princípios morais, vendeu seu voto para o
prefeitinho que prometeu contratar seus serviços mediúnicos. Ela seria Chefe do
AAA - Assessoria para Assuntos do Além, um departamento especial para acomodar
funcionários fantasmas. Não foi nomeada até agora. A Madame, entretanto, não
cogita romper com o prefeitinho porque ele goza de haveres no coração da
Preciosa, “por usucapião”, diz a mimosa cartomante.
Voltando
ao São João, registrar ocorrência policial de pouca monta, consistindo na
agressão sofrida pelo poeta Maciel Caju perpetrada pela Madame Preciosa na festinha junina em casa de Ameba. No auge
do forrozeamento, Preciosa tascou a mãozada na cara de Maciel. Madame Preciosa
é muito agressiva com Caju, talvez por ser ele o único que não lhe falta com o
respeito, sem jamais ter passado a mão nas suas partes recônditas.
Com mais
pontos perdidos na tabela do que o time do Taiti, meu compadre Ameba torceu
fervorosamente pela seleção dessa pequena ilha do Pacífico. Num país em que se
vive a exaltação do medíocre, Ameba assiste aos jogos da Copa das Confederações
ouvindo a música criada por Latino para o torneio. Maciel Caju foi taxativo:
“Esse Latino é um Herodes musical: mata a música ainda no berço. Estamos
sofrendo um genocídio sonoro”. A verdade é que esse povo enche mais o saco do
que narração de Galvão Bueno. Mas eu gosto do Ameba, é um cara cheio de
bacanidade.
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