terça-feira, 25 de junho de 2013

O menor São João do mundo



Um dos menores São João do mundo foi realizado no centro histórico de João Pessoa, conforme programação anunciada pela turma da banda Zefirina Bomba, nome dos mais fortes no rock paraibano da última década. Eles tocaram na praça Antenor Navarro e se juntaram ao Coletivo Mundo na campanha Sertão Sem Sede, que está arrecadando água de beber para vítimas da seca no sertão da Paraíba. Ainda tem seca na Paraíba?

Entretanto, o menor São João do mundo mesmo foi no meu escritório/quarto/atelier/estúdio, de onde não saio desde sábado último. Aqui não rolou forró, foguetões, comidas de milho nem quentão.  Na atmosfera deprê deste espaço de criação, apenas o som leve do piano de Antonio Guedes Pereira, paraibano considerado um dos cinco melhores do mundo neste instrumento

Sobre essas manifestações de rua, nada contra, mesmo sabendo que a maioria dessa garotada acaba na onda cultural da corrupção individual eleitoral. Promitentes vendedores de futuros votos de cabresto que perpetuam essa merda de que reclamam agora.  Os ladrões da grana pública sempre pedem a absolvição e o povo dá. Até Madame Preciosa, gorda senhora de sólido físico e fortes princípios morais, vendeu seu voto para o prefeitinho que prometeu contratar seus serviços mediúnicos. Ela seria Chefe do AAA - Assessoria para Assuntos do Além, um departamento especial para acomodar funcionários fantasmas. Não foi nomeada até agora. A Madame, entretanto, não cogita romper com o prefeitinho porque ele goza de haveres no coração da Preciosa, “por usucapião”, diz a mimosa cartomante.

Voltando ao São João, registrar ocorrência policial de pouca monta, consistindo na agressão sofrida pelo poeta Maciel Caju perpetrada pela Madame Preciosa  na festinha junina em casa de Ameba. No auge do forrozeamento, Preciosa tascou a mãozada na cara de Maciel. Madame Preciosa é muito agressiva com Caju, talvez por ser ele o único que não lhe falta com o respeito, sem jamais ter passado a mão nas suas partes recônditas.

Com mais pontos perdidos na tabela do que o time do Taiti, meu compadre Ameba torceu fervorosamente pela seleção dessa pequena ilha do Pacífico. Num país em que se vive a exaltação do medíocre, Ameba assiste aos jogos da Copa das Confederações ouvindo a música criada por Latino para o torneio. Maciel Caju foi taxativo: “Esse Latino é um Herodes musical: mata a música ainda no berço. Estamos sofrendo um genocídio sonoro”. A verdade é que esse povo enche mais o saco do que narração de Galvão Bueno. Mas eu gosto do Ameba, é um cara cheio de bacanidade.

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