No dia 14
de fevereiro será realizada a feira de troca de livros no Ponto de Cultura
Cantiga de Ninar, em Itabaiana, com presença de alunos de escolas públicas da
rede municipal. O professor Antonio Costta vai proferir breve palestra sobre a
vida e obra do Ministro Abelardo Jurema, eminente vulto nascido em Itabaiana
que completa um século de nascimento no dia 15 de fevereiro.
Abelardo
de Araújo Jurema nasceu no dia 15 de fevereiro de 1914, em Itabaiana (PB),
filho de Geminiano Jurema Filho e de Amália de Araújo Jurema. Matriculou-se em
1933 na Faculdade de Direito de Recife. Sua formatura coincidiu com o advento
do Estado Novo (10/11/1937) e nessa nova conjuntura foi nomeado prefeito de
Itabaiana, sua cidade natal, cargo no qual permaneceu até janeiro de 1938.
Prefeito nomeado de João Pessoa em 1946 e 1947, em outubro de 1950 foi eleito,
pela Paraíba, suplente do senador Rui Carneiro, vindo a exercer o mandato entre
outubro de 1953 e março de de 1954 e entre junho e setembro de 1957. Entre 1957
e 1958 foi secretário do Interior e Justiça da Paraíba. Eleito em outubro de
1958 deputado federal na legenda do Partido Social Democrático (PSD) assumiu a
cadeira em fevereiro do ano seguinte. Em 25 de agosto de 1961, Jânio Quadros
renunciou à presidência da República. A renúncia abriu uma grave crise, pois a
posse do vice-presidente João Goulart foi vetada pelos ministros militares.
Somente no dia 7 de setembro Goulart foi empossado na presidência, depois de o
Congresso ter aprovado a Emenda Constitucional nº 4, que transformava em
parlamentarista o regime de governo. Em janeiro de 1963 um plebiscito nacional
decidiu pelo retorno ao presidencialismo. Reeleito deputado federal pela
Paraíba em outubro de 1962, Abelardo Jurema licenciou-se do mandato em junho de
1963 para assumir a pasta da Justiça do governo Goulart. Duas de suas
iniciativas tiveram grande repercussão: a criação do Comissariado de Defesa da
Economia Popular, órgão fiscalizador dos preços dos gêneros alimentícios, e o
congelamento do preço dos aluguéis.
Em 10 de
abril foi cassado e teve os direitos políticos suspensos com base no Ato
Institucional nº 1. Em seguida, partiu para o exílio no Peru. Jurema voltou ao
Brasil em 1974. Beneficiado pela aprovação da anistia em agosto de 1979,
filiou-se, após a extinção do bipartidarismo em novembro de 1979 e a
conseqüente reformulação partidária, ao Partido Democrático Social (PDS),
agremiação de apoio ao regime militar. Foi ainda diretor do Banco Nacional de
Desenvolvimento Econômico e Social, entre 1983 e 1985, e do Instituto do Açúcar
e do Álcool, entre 1985 e 1988. Casou-se com Maria Evanise Jurema, com quem
teve sete filho
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