Lavoiser e sua esposa Dalva |
Na década de setenta, o
garoto Lavoisier Costa, nascido em Itabaiana do Norte, encantava o treinador
Biu do Vasco com seu futebol elegante e promissor, chamando a atenção de um
empresário que queria levar o craque para a Suécia. Foi quando a mãe do menino,
dona Iraci, impôs sua autoridade de genitora zelosa:
--- Não criei menino pra
correr atrás de bola não.
Findou aí uma carreira futebolística.
Venceu a tenacidade de minha mãe que queria, na verdade, seus filhos seguindo
sua fé evangélica. Levava os três garotos para a Igreja Batista, incutindo sua
crença religiosa naquelas jovens mentes. E conseguiu tarrafear duas almas para
a religião. Hoje, meus dois irmãos, Sosthenes e Lavoisier, são fieis seguidores
dos desígnios e manifestações da religião protestante. Eu, desde sempre,
desacreditei nos deuses e fui ser um ímpio anarquista pela vida afora.
Portanto, agora meu irmão
mais novo, Lavoisier Costa, acaba de se formar como pastor. Vai começar vida
nova com sua família em Patos, iniciar uma missão da igreja onde congrega. O
ex-quase-craque dedica sua vida ao mister de salvar almas na ótica do seu grupo
religioso, que não é esse tipo de pentecostais que vivem berrando
maleducadamente pelas esquinas. Lavoisier é um pastor ligado ao protestantismo
histórico, bem formado, educado, preparado para ser mentor espiritual.
Dona Iraci, nossa mãe, não
cabe em si de feliz por ter seu filho mais novo seguido na vida em conformidade
com suas crenças. A família toda vai assistir à sagração do novo pastor em
Campina Grande, com justo sentimento de dignidade.
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