Arte nas camisetas da Escola João Fagundes de Oliveira, estampando o meu rosto |
A
grande parceira do Ponto de Cultura cantiga de Ninar em Itabaiana é a
comunidade escolar. Com os estudantes e professores já fizemos uma edição da
Gincana Cultural, e em todos os eventos de nossa agenda incluímos com prioridade
essa clientela, porque, teoricamente, é o grupo que produz conhecimento, uma
área de manifestação do interesse por coisas novas, e nessa seara de massa
jovem vamos tentando difundir a cultura local, principalmente.
Na
condição de autor de alguns livros sobre nossa história, posso avaliar a
própria produção, em viva voz e através das ações culturais das escolas. Nesse
processo, vejo com imensa satisfação projetos como a Mostra de Cultura
promovida no dia 23 de agosto pela 12ª Gerência Regional de Ensino, com a
participação de grande número de escolas públicas estaduais. Não faço questão
de disfarçar o sentimento de orgulho por ver meu trabalho sendo lido, avaliado
e enaltecido pelos estudantes itabaianenses. Sem, no entanto, esquecer que não
me afeta essa coisa de glória pessoal, o culto do eu que tanto desmerece muita
gente. Mitologia pessoal não é comigo. Sou um cara simples, humilde e com um
forte sentido de auto-crítica.
Ainda
sobre parcerias, o Ponto de Cultura Cantiga de Ninar, do qual sou coordenador
executivo, procura dividir as responsabilidades com outros atores da cena
cultural de Itabaiana, entre eles a própria Secretaria de Cultura do Município.
Sem querer ocupar o vácuo deixado por anos e anos de inoperância nesta área,
mesmo porque não temos recursos nem estrutura para isso, convocamos esses
parceiros naturais para fins de interesses comuns, entretanto, noto certo
estado de impassibilidade, alguma apatia por parte dos gestores. Não se pode
negar que o Ponto de Cultura é, hoje, uma instância importante e legítima no
fazer cultural de Itabaiana. Se queremos nos constituir em parte de um processo
maior de divulgação e produção cultural, deveríamos ser melhor tratados, com a
consideração mínima por parte dos que, oficialmente, são responsáveis por esta
importante área administrativa.
Muitas
são as ideias e projetos que encaminhados para serem tocados em conjunto, mas
parece que há sempre algum entrave, não sei se de caráter político ou outro
qualquer. Quero crer que iremos ultrapassar essas barreiras e preconceitos,
para enfim inaugurar um momento diferente nesta cidade, onde as picuinhas
menores da política não criem compartimentos separados. Mesmo porque não somos
competidores, não estamos disputando espaços de poder. Somos apenas um coletivo
de artistas interessados tão somente na criação e difusão cultural, “por um
mundo melhor”, como lembra nosso lema.
Nenhum comentário:
Postar um comentário