Ainda hoje eu tiro onda de locutor de rádio
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Walter Florêncio foi locutor da Rádio Difusora Nazaré de
Itabaiana, isso pelas décadas de 70/80. O nosso caro amigo Ivo Severo me
contratou para ser programador musical e redator dessa rádio. Com o poder nas
mãos, fiz o que todo mundo faz nesses casos: puxei a brasa pra minha sardinha.
E olhe que era uma sardinha internacional e indigesta para meus companheiros
disk jóqueis, chegados a um brega. Eu gostava de rock e mandava ver na
programação da rádio difusora. Só tocava AC/DC, Elvis Presley, Bob Dilan, Jimi
Hendrix e outros bichos. Os meninos locutores ficavam putos comigo, mas a amizade
superava essas atitudes ordinárias de um roqueiro perdido nas quebradas
itabaianenses.
Dia desses vi ratificada a teoria de que os amigos que
fazemos dos 15 aos 30 anos serão eternos. Pelo Facebook, recebo mensagem do meu
compadre Walter Florêncio, morando no Rio de Janeiro há muitas décadas:
“No início dos anos setenta, conheci Fábio Mozart na minha
querida Itabaiana. Já naqueles tempos, Fábio me parecia uma pessoa
diferenciada, porque tinha tudo para entrar no mundo artístico. Talvez sua
paixão pela terrinha tenha inibido sua decolagem. Entre os grandes talentos que
conheço, Fábio é, sem dúvida, um dos meus favoritos. Abraço grande do Walter
Florêncio.”
Esse Walter a gente chamava de Munganga, que o bicho era
cheio de trejeitos e tirava uma onda de maluco. Certo dia foi se matricular na
escola e a secretária perguntou, entre outras bobagens:
--- Nome?
--- Walter Florêncio.
--- Sexo?
--- Terceiro.
--- ?
--- É que hoje em dia o movimento gay cresceu tanto que o
sexo masculino passou pra terceiro.
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