Almirante da Nau Catarineta passando em revista seus marujos |
Almirante de longo curso
Eu me lembro do
meu tempo de antanho
Quando então
desafiava meus desejos,
Configurando o
instinto mais estranho
Com a ânsia de
viver e seus festejos.
Ao bater do
coração cheio de pejos,
Procurava meu
lugar junto ao rebanho.
No silêncio dos
meus sonhos benfazejos
Gozava inteiro o
prazer, esse era o ganho.
Inseguro,
acanhado e inibido,
Imaginei que
podia ser herói
Do universo
quieto e arrefecido
Que o timorato
sonha, pensa e constrói.
Sempre inquieto,
navega o almirante
Por esta vida em
cursos mais diversos;
Jocoso, triste e
enlevado amante,
Desimpedido a
expressar-me em versos.
F. Mozart
Nenhum comentário:
Postar um comentário