MARIZETE VIEIRA
Reza a lenda que as mulheres são mais honestas que os
homens. Tenho minhas dúvidas. Se for para confirmar a regra, apresento minha
comadre Marizete Vieira, de Mari. Foi vereadora, ganhou a eleição sem gastar um
níquel, honrou o cargo, prestava contas do que recebia da Câmara todos os
meses, até peças íntimas que comprava com o dinheiro do mandato ela
contabilizava em reuniões do partido. Jamais se vendeu, sempre foi fiel aos
seus princípios de cristã católica e humanista, doando-se pela causa dos
humildes. Sobre Marizete, escreveu meu compadre Wagner Ribeiro: “São mulheres
como essa que nos fazem acreditar ainda num país melhor e mais justo. Marizete
Vieira, um exemplo na política mariense.”
PARAÍBA
Uma senhora carioca sobre preconceito contra
nordestinos: “O maior preconceito aqui é com relação aos paraibanos. Tudo o que
é ralé, insignificante e pífio nós dizemos: é Paraíba”. Paraibano revoltado
revidou: “Aqui na Paraíba, quando vemos um carioca, gritamos: pega ladrão!”.
Conversa mole desse paraibano. A gente aqui tem o
maior respeito por quem vem de fora, é a cultura do colonizado.
CÁSSIO E OS APOSENTADOS
Mensagem de um leitor da coluna: “Fábio, concordo com você
sobre aposentados. Crime hediondo é o que estão fazendo com os aposentados.
Três por cento (3%) em cima do padrão quando esse, em geral, é baixo, é delito
contra o inativo. Isto vem acontecendo aqui na Paraíba e não há para quem se
apelar. Se o funcionário tiver uma gratificação, o aumento é tirado dela, até
zerar. O Presidente Lula, ao assumir, encaminhou para os governos estaduais uma
circular sugerindo que o Estatuto Estadual dos Funcionários Públicos fosse
copiado do Federal, ressalvadas as conveniências locais, que tirou todas as
vantagens conseguidas até então. O governador Cassio foi mais real do que o rei
e castrou até os direitos adquiridos. Ele está cada dia mais rico e o
funcionalismo cada dia mais pobre. Assim é tratado o funcionalismo neste país.”
CULTURA
Para alguns, cultura é resistência. Para outros é rendição. Nada
contra o mercado. Aliás, tudo contra o mercado. Política cultural que não
dialoga com a diversidade humana, com os direitos das mulheres, com as tradições
e com as modernidades, não será jamais uma política pública de cultura, mas uma
política de pão e circo que valoriza apenas juntar pessoas, como se fôssemos
gado atrás de irracionalidade para pastar os
interesses de políticos medíocres e oportunistas. Uma política cultural deve
ser, sobretudo, educativa. Educar não é oferecer apenas o que o povo gosta, mas
também e principalmente o que o povo precisa conhecer. Caso contrário, a
matemática, a física e a química deveriam desaparecer dos curriculuns escolares
porque o povo só curte história e geografia. O MinC, na gestão Gilberto Gil e
depois Juca Ferreira, davam a régua e o compasso. De Ana de Holanda para cá,
estamos submetidos ao salve-se quem puder.” – Lau Siqueira
TENTE OUTRA VEZ
Sei que é difícil passar em medicina numa Universidade
Federal, mas lembre-se sempre: o Campinense foi campeão do Nordeste, tudo é
possível.
DACTILOGRAFIA
Vou montar uma peça de teatro chamada Dactilografia.
Para o elenco, já convidei meu compadre Geraldinho Moraes que vai fazer o papel
de escrivão, “batendo” numa Olivetti ao ritmo do humor, sarcasmo, poesia,
terror diabólico e diálogos de empregadas domésticas. O descontínuo som das
teclas da máquina de escrever evacuando medos e inconveniências da vida.
SEM MUDANÇA
Cuspidor de microfone de uma cidadezinha aqui por perto
é conhecido por estar sempre lambendo as botas de quem está por cima na
Prefeitura. Questionado por um colega que não aderiu ao esquema do novo
prefeito, o bajulador foi sincero: "Eu num mudei de lado, não. Vocês é que mudaram! Vocês perderam a
eleição. Eu estou onde sempre estive: do lado do poder!"
DEPOIS DOS CINQUENTA
“Depois dos 50 anos, a beleza da mulher vem do caráter. Do
jeito como os problemas são enfrentados, da alegria de acordar e da leveza ao
dormir. Depois dos 50
anos, o sexo é o botox que funciona, a amizade é o creme que tira as rugas, o
afeto é o protetor solar que protege o rosto. A beleza passa
a ser linguagem, bom humor. A beleza passa a ser inteligência, gentileza. Essa
é a beleza que perdura” – Carla Bruni, ex-primeira dama da França.
FEALDADE
Conhecida madame metida a cartola carrega seu semblante
e seu caráter deformados, inelegante na sua cobiça, desengonçada,
antipática, de má catadura. Essa
indigesta figura nos envergonha pelo Brasil afora, ridicularmente exótica no
seu cargo eterno de dona da bola.
Nenhum comentário:
Postar um comentário