domingo, 21 de abril de 2013




MARIZETE VIEIRA

Reza a lenda que as mulheres são mais honestas que os homens. Tenho minhas dúvidas. Se for para confirmar a regra, apresento minha comadre Marizete Vieira, de Mari. Foi vereadora, ganhou a eleição sem gastar um níquel, honrou o cargo, prestava contas do que recebia da Câmara todos os meses, até peças íntimas que comprava com o dinheiro do mandato ela contabilizava em reuniões do partido. Jamais se vendeu, sempre foi fiel aos seus princípios de cristã católica e humanista, doando-se pela causa dos humildes. Sobre Marizete, escreveu meu compadre Wagner Ribeiro: “São mulheres como essa que nos fazem acreditar ainda num país melhor e mais justo. Marizete Vieira, um exemplo na política mariense.”

PARAÍBA

Uma senhora carioca sobre preconceito contra nordestinos: “O maior preconceito aqui é com relação aos paraibanos. Tudo o que é ralé, insignificante e pífio nós dizemos: é Paraíba”. Paraibano revoltado revidou: “Aqui na Paraíba, quando vemos um carioca, gritamos: pega ladrão!”.
Conversa mole desse paraibano. A gente aqui tem o maior respeito por quem vem de fora, é a cultura do colonizado.

CÁSSIO E OS APOSENTADOS

Mensagem de um leitor da coluna: “Fábio, concordo com você sobre aposentados. Crime hediondo é o que estão fazendo com os aposentados. Três por cento (3%) em cima do padrão quando esse, em geral, é baixo, é delito contra o inativo. Isto vem acontecendo aqui na Paraíba e não há para quem se apelar. Se o funcionário tiver uma gratificação, o aumento é tirado dela, até zerar. O Presidente Lula, ao assumir, encaminhou para os governos estaduais uma circular sugerindo que o Estatuto Estadual dos Funcionários Públicos fosse copiado do Federal, ressalvadas as conveniências locais, que tirou todas as vantagens conseguidas até então. O governador Cassio foi mais real do que o rei e castrou até os direitos adquiridos. Ele está cada dia mais rico e o funcionalismo cada dia mais pobre. Assim é tratado o funcionalismo neste país.” 

CULTURA

Para alguns, cultura é resistência. Para outros é rendição. Nada contra o mercado. Aliás, tudo contra o mercado. Política cultural que não dialoga com a diversidade humana, com os direitos das mulheres, com as tradições e com as modernidades, não será jamais uma política pública de cultura, mas uma política de pão e circo que valoriza apenas juntar pessoas, como se fôssemos gado atrás de irracionalidade para pastar os interesses de políticos medíocres e oportunistas. Uma política cultural deve ser, sobretudo, educativa. Educar não é oferecer apenas o que o povo gosta, mas também e principalmente o que o povo precisa conhecer. Caso contrário, a matemática, a física e a química deveriam desaparecer dos curriculuns escolares porque o povo só curte história e geografia. O MinC, na gestão Gilberto Gil e depois Juca Ferreira, davam a régua e o compasso. De Ana de Holanda para cá, estamos submetidos ao salve-se quem puder.” – Lau Siqueira

TENTE OUTRA VEZ

Sei que é difícil passar em medicina numa Universidade Federal, mas lembre-se sempre: o Campinense foi campeão do Nordeste, tudo é possível.

DACTILOGRAFIA



Vou montar uma peça de teatro chamada Dactilografia. Para o elenco, já convidei meu compadre Geraldinho Moraes que vai fazer o papel de escrivão, “batendo” numa Olivetti ao ritmo do humor, sarcasmo, poesia, terror diabólico e diálogos de empregadas domésticas. O descontínuo som das teclas da máquina de escrever evacuando medos e inconveniências da vida.

SEM MUDANÇA

Cuspidor de microfone de uma cidadezinha aqui por perto é conhecido por estar sempre lambendo as botas de quem está por cima na Prefeitura. Questionado por um colega que não aderiu ao esquema do novo prefeito, o bajulador foi sincero: "Eu num mudei de lado, não. Vocês é que mudaram! Vocês perderam a eleição. Eu estou onde sempre estive: do lado do poder!"

DEPOIS DOS CINQUENTA

“Depois dos 50 anos, a beleza da mulher vem do caráter. Do jeito como os problemas são enfrentados, da alegria de acordar e da leveza ao dormir.  Depois dos 50 anos, o sexo é o botox que funciona, a amizade é o creme que tira as rugas, o afeto é o protetor solar que protege o rosto.  A beleza passa a ser linguagem, bom humor. A beleza passa a ser inteligência, gentileza. Essa é a beleza que perdura” – Carla Bruni, ex-primeira dama da França.

FEALDADE

Conhecida madame metida a cartola carrega seu semblante e seu caráter deformados, inelegante na sua cobiça, desengonçada, antipática,  de má catadura. Essa indigesta figura nos envergonha pelo Brasil afora, ridicularmente exótica no seu cargo eterno de dona da bola.




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