Dalmo, Rosival e Orlando Otávio ensaiando no Ponto de Cultura Cantiga de Ninar |
Fui ontem a Itabaiana do Norte,
assistir ao nascimento de mais uma canção do mestre Orlando Otávio, que musicou
meu poema “Recado curto e grosso”. Com violão de acompanhamento de Rosival,
Orlando cantou a música, gravada pelo compadre Dalmo Oliveira. Ele achou uma
coisa linda. Ele que eu digo, o próprio autor da melodia. Meu compadre Normando
Reis, presente à sessão, sapecou nota dez ao trabalho. Frequentemente avesso a “oba-oba”,
botei nota seis na musiquinha, para constrangimento de Orlando Otávio, querendo
eu diminuir possíveis mas improváveis valores de direitos autorais.
Coisa linda é mesmo o encontro de
velhos amigos. A gente melhora quando uma galera da mesma geração tem a honra máxima
de atravessar as décadas com o mesmo prazer de conversar abobrinhas, tomar um
chopinho inocente e reatar o fio da conversa suspensa há séculos. Fabular,
mentir e xavecar em grupo, eis os prazeres dos homens. E das mulheres também,
conforme consta nos manuais da boa convivência feminina.
Nosso compositor trabalha com os
mais variados ritmos e estilos. “Como quer sua música? Samba, ciranda, baião,
rock, maracatu ou frevo rasgado?”, abre assim seu cardápio rítmico o velho e
animado poeta Orlando Otávio quando eu encomendo uma canção. Orlando se paga
quando tem reconhecido seu mérito de compositor. “Eu quero a glória popular, e
não o ouro que engana a alma”, disse alguém em alguma mesa de bar. Nosso
artista só não trabalha com o chamado “forró de plástico”, reverenciador que é
dos sons complexos e ricos do seu primo carnal, o mestre Sivuca.
Repare na cara de admiração do
compadre Dalmo Oliveira, testemunha ocular do nascimento de uma obra de arte. Chama
a atenção o entusiasmo desse poeta Orlando Otávio, dando tintas finais ao
trabalho. Dalmo também gostou da música, o que não invalida meu conceito um
tanto mediano sobre o conjunto da obra. Ninguém ignora que as sentenças se
medem pelo valor do juiz, e Dalmo entende tanto de música como eu de física quântica.
Enfim, o poema “Recado curto e grosso”
ganhou sua melodia, seguindo para os retoques e arranjos do Max Mozart, meu
filho que é músico profissional. A ideia é participar da Mostra Sesc de Música
Paraibana.
Nota seis?
ResponderExcluirQue injustica,Fabio Mozat.
Ouvi a musica durante o emnsaio e achei muito boa.
Parabens a voce pela letra.Forte.
Parabens Orlando Otavio pela melodia.Muito boa.
Nao entendo de musica,mas sei o que gosto de ouvir.E gostei dessa.
OBS: Da uns cascudos nesse Fabio,Orlando.So pra ele se ligar.kkkkk