Ontem, fui a uma reunião com alguns compadres no Sebo Cultural, cuidar
da formação de uma associação de rádios comunitárias. Aproveitei e levei um
banner do meu livro “Artistas de Itabaiana”, para expor na livraria, a única
que vende o livro em João Pessoa.
Postei essa foto no Facebook, com a legenda: “Lançamento do meu livro só
apareceram três gatos pingados. Mandei todo mundo tomar na jaca e fui pra casa.”
Claro que se trata de léria, brincadeira. Mas, a galera não entendeu.
É crime não ter senso de humor! Clama aos céus! E agride a saúde
pública, porque o humor reduz o estresse. Vejamos o lado leve das coisas, não
levemos a sério demais.
Meu humor não é muito espirituoso, confesso e reconheço. Meio ácido e
irreverente, às vezes até agrido. Mas, é assim mesmo, não tem humor a favor, já
dizia Jaguar. Todo humor é do contra. E politicamente incorreto. Minhas piadas
e trocadilhos às vezes ofendem, como todo humor sério. Eita caray! E tem humor
sério? Só pode ser piada, né não?
Portanto, esquenta não, compadre velho! Enxerguemos a graça e o absurdo
da vida cotidiana, antes que caia o choro da amargura. Você precisa ser
engraçado, mas não seja chato, pedante, metido a palhacinho de circo mambembe
que não renova piada e não areja os trejeitos. Cultive o senso de humor que sua
horta floresce. Cuide dela e da veia aorta com risadas e cambalhotas. Só evite
contar piada de casca de banana, por exemplo, para o cara que escorregou na
dita cuja e passou seis meses de muletas.
Se não sabe contar piadas, apenas ria. E se não gosta do palhaço, troque
por outro. Mas, se desde criancinha jamais achou graça no palhaço, teve até
mesmo vontade de sacudir objetos cortantes no artista, nada de anormal. Nem
todo humor será igual ao seu. O que pode me fazer rir, talvez o faça dormir de
tédio. Só não ria em enterros, porque no seu próprio féretro, você não achará
graça nenhuma.
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