É hora de avaliação, auto critica e mudança de
rumos no MinC.
A Ministra da Cultura Marta
Suplicy demonstra mais uma vez que não entende nada do Programa Cultura Viva.
Quando ela falou, ontem,em Brasília no ato inicial do processo de
regulamentação da Lei Cultura Viva, expõe a seguinte tese:
Que um Ponto de Cultura para dar
certo mesmo, ser de verdade, ele tem que ser chancela do Estado e voar com as
próprias pernas. Isso quer dizer: sem financiamento do Estado. E, ainda, que
agora as Incubadoras Criativas feitas juntas com o Sistema S, vão dar estas
condições para se profissionalizarem e se tornarem sustentáveis.
Isto é de uma incompetência, um
descaso intelectual e uma reafirmação da euro arrogância da Ministra, que não
podemos mais aceitar! É muito relaxo politico da nossa parte escutar isso do
governo federal e ficarmos passíveis; quietos!
Então aqui vai, Ministra, alguns
pontos sobre gestão pública, cultura e economia:
- Não são os Pontos de Cultura
que precisam do Estado é o Estado que precisa dos Pontos de Cultura.
- O Sistema S opera 14 bilhões de
recursos públicos em renúncia fiscal na fonte. Dez vezes mais que seus sócios e
proprietários da Lei Rouanet. Pergunta se eles querem "voar com as
próprias pernas" . Aproveite e pergunte aos Bancos; ao Agronegócio e à
Midia Comercial se eles querem "voar com as próprias pernas" sem
recursos do Estado!
- Aplique esta sua formula em sua
própria gestão que diminui em 600 % o orçamento do Ministério.
- Pegue todas as ações que um
Ponto de Cultura faz e peça para um técnico dizer quanto custaria para o
Ministério.
- Veja a sustentabilidade de lastro
cultural,social, afetivo, territorial que um ponto de Cultura tem e compare com
qualquer aparelho cultural do MinC e Sistema S. E claro compare os números.
Ministra, o tempo foi dado,
seguramos as críticas externas, sugerimos ou tentamos, melhor dizendo dialogar
com você. Mas o fato é que o Programa Cultura Viva foi desidratado
financeiramente e conceitualmente. É hora de avaliação, auto crítica e mudança
de rumos no MinC.
Marcelo das Histórias
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Celio Turino, fez
uma revolução pacífica, amorosa e transformadora no MinC a frente dos programas
que apoiaram a implantação e manutenção dos pontos de cultura, atualmente tudo
parado, uma burocratização absurda e excessiva, a questão das prestações de
contas que a atual gestão só dificulta, prejudicando atividades, interferindo
na continuidade de ações, etc. Lamentável tudo isso. Os pontos de cultura e
seus representantes tratados sem nenhuma atenção e vontade de buscar soluções
para suas dificuldades. – Fábio Viana
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