sábado, 2 de agosto de 2014

É nós na luta


Comunicadores da Rádio Comunitária Zumbi dos Palmares dão oficina para agentes sociais ligados à reforma agrária na Paraíba

Como assessor de imprensa de mim mesmo, comunico que durante todo o dia de ontem, 1º de agosto, estive conversando com um grupo de técnicos, educadores sociais e produtores culturais ligados a entidades que atuam no meio rural, principalmente nos assentamentos. No total, quinze pessoas de Cajazeiras, de Sapé, Mari, Campina Grande e até de Itabaiana estiveram participando de oficinas de rádio comunitária na Rádio Web Porto do Capim, na ladeira da Borborema, centro histórico de João Pessoa.

No grupo, alguns jovens assentados que querem aprender a melhor se comunicar com sua comunidade, pessoas atuantes a fim de saber como fazer rádio comunitária, qual o primeiro passo, com quem, sobre o que falar, como conduzir uma programação, porque as rádios populares são tão perseguidas. Respostas que tentamos dar durante todo o dia, eu e os companheiros Dalmo Oliveira, Beto Palhano e Marcos Veloso.

Poucos sabem mas, desde criança, eu queria mesmo era ser comunicador de rádio. Trabalhei em estúdio de som de parque de diversão, em difusora, inventei rádio livre no tempo em que nem existia frequência modulada, fundei rádios comunitárias. Mas, desde cedo, desisti de tentar carreira em rádio comercial, porque entendi que nessas emissoras, o locutor é a voz do dono. Eu queria ser a voz da comunidade, livre de amarras comerciais e ideológicas. Acabei nas frentes de batalha pela democratização das comunicações, tentando ainda cumprir meu papel de disseminador da luta pela reforma agrária no ar e pelo direito de expressão. É algo assim como querer reinventar o jeito de fazer rádio. Muita pretensão? Pode ser, mas, se não for diferente da rádio comercial, não é rádio comunitária.

Agradecendo a paciência e as trocas de experiências dos seguintes participantes da oficina:

01 – Sérgio Alves – Assentamentos do INCRA
02 – Maria Ana – Articulista da ONG Agemte;
03 – Flávio Brito – Técnico de ONG que assessora assentamentos em Mogeiro e Salgado de São Féçlix;
04 – Alexandra – Técnica social;
05 – Márcio, do assentamento 21 de Abril, em Sapé;
06 – Ana Fernandes – Produtora cultural da Rádio Web Porto do Capim em João Pessoa;
07 – Isaias – Técnico da ONG Agemte;
08 – Livramento – TV Câmara, João Pessoa;
09 – Antonio Ferreira – Da CONAP, Campina Grande, onde atua em 32 assentamentos da reforma agrária;
10 – Emanuel – Educador popular de Campina Grande;
11 – Andreia – Assistente social;
12 – Aline – Técnica social, de Itabaiana;
13 – Geraldo Bernardo – Educador social de Sousa e membro do Conselho de Cultura do Estado;

14 – Wendel Oliveira – de Cajazeiras.

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