Comunicadores da Rádio Comunitária Zumbi dos
Palmares dão oficina para agentes sociais ligados à reforma agrária na Paraíba
Como assessor de imprensa de mim mesmo,
comunico que durante todo o dia de ontem, 1º de agosto, estive conversando com
um grupo de técnicos, educadores sociais e produtores culturais ligados a
entidades que atuam no meio rural, principalmente nos assentamentos. No total,
quinze pessoas de Cajazeiras, de Sapé, Mari, Campina Grande e até de Itabaiana
estiveram participando de oficinas de rádio comunitária na Rádio Web Porto do
Capim, na ladeira da Borborema, centro histórico de João Pessoa.
No grupo, alguns jovens assentados que querem
aprender a melhor se comunicar com sua comunidade, pessoas atuantes a fim de
saber como fazer rádio comunitária, qual o primeiro passo, com quem, sobre o
que falar, como conduzir uma programação, porque as rádios populares são tão
perseguidas. Respostas que tentamos dar durante todo o dia, eu e os
companheiros Dalmo Oliveira, Beto Palhano e Marcos Veloso.
Poucos sabem mas, desde criança, eu queria
mesmo era ser comunicador de rádio. Trabalhei em estúdio de som de parque de
diversão, em difusora, inventei rádio livre no tempo em que nem existia
frequência modulada, fundei rádios comunitárias. Mas, desde cedo, desisti de
tentar carreira em rádio comercial, porque entendi que nessas emissoras, o
locutor é a voz do dono. Eu queria ser a voz da comunidade, livre de amarras
comerciais e ideológicas. Acabei nas frentes de batalha pela democratização das
comunicações, tentando ainda cumprir meu papel de disseminador da luta pela
reforma agrária no ar e pelo direito de expressão. É algo assim como querer
reinventar o jeito de fazer rádio. Muita pretensão? Pode ser, mas, se não for
diferente da rádio comercial, não é rádio comunitária.
Agradecendo a paciência e as trocas de experiências
dos seguintes participantes da oficina:
01 – Sérgio Alves – Assentamentos do INCRA
02 – Maria Ana – Articulista da ONG Agemte;
03 – Flávio Brito – Técnico de ONG que
assessora assentamentos em Mogeiro e Salgado de São Féçlix;
04 – Alexandra – Técnica social;
05 – Márcio, do assentamento 21 de Abril, em
Sapé;
06 – Ana Fernandes – Produtora cultural da Rádio
Web Porto do Capim em João Pessoa;
07 – Isaias – Técnico da ONG Agemte;
08 – Livramento – TV Câmara, João Pessoa;
09 – Antonio Ferreira – Da CONAP, Campina
Grande, onde atua em 32 assentamentos da reforma agrária;
10 – Emanuel – Educador popular de Campina
Grande;
11 – Andreia – Assistente social;
12 – Aline – Técnica social, de Itabaiana;
13 – Geraldo Bernardo – Educador social de
Sousa e membro do Conselho de Cultura do Estado;
14 – Wendel Oliveira – de Cajazeiras.
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