Desprezado
Fábio Mozart:
Quando entra
a gosto, Madame Preciosa pira! E quando entra agosto, com a força de três
tsumamis e de quatro administrações Dida da Silva, mais três de “Meu querido” e
uma de Babá, pra acabar de acabar com o restim da Rainha, eu escrevo daqui para
protestar contra tamanha maldade que fizeram com você aí na terra que não lhe
viu nascer, mas onde sua cabecinha de retardado disparou as primeiras cagadas
mentais. Hoje, já velho e caquético, você leva uma desconsideração dessa, que é
o voto de desaprovação do seu livrinho pela Câmara Municipal, desconsiderando
seu estado mental de portador de alzeheimer, Parkinson, hemorroidas e unha
encravada, sem falar no pau mole e arroto azedo.
Clama aos
céus tamanha injustiça dos vereadores, porque você merecia mesmo era voto de
repúdio! Reza a lêndea que uma figura daninha como vossa mercê, no caso um tal
de Bione, lá do Recife de becos e pontas, recebeu um voto de repúdio da Câmara
local e até hoje arrota grandeza. Diz o tal Bione, editor de um pasquim chamado
“Papa figo”, que não tem glória maior do que levar nas costas um voto de
repúdio de vereador. É algo assim como ser considerado persona non grata pelo
diabo e seus sete mil diabinhos. Em verdade, em verdade, vos digo: um cara
velho de gréia igual a esse Mozart merecia esse momento de glória, esse voto de
repúdio total e absoluto da vereança. Mas porém, muito pelo contrário, só
botaram terra na merda de livro que ninguém leu, mesmo considerado o alto nível
de analfabetismo. Se estás mais por baixo do que cu de cobra nas hostes
vereançais, deves se dar por feliz.
Para um
momento total de Glória Maria, o que eu desejo é que a Câmara dê teu nome para
uma rua no baixo meretrício. Mas, nem tudo está fudido. Chegará o momento em
que terás reconhecia tua patente de escrevinhador sem futuro, com uma rua
batizada com teu nome pelas autoridades incompetentes, no olho do cabaré. E
depois, aprovação por unanimidade de voto de repúdio, com direito a discurso
dos mais altos coturnos do nosso submundo político e social, fechando o firo
com fala de Ameba, eterno candidato a vereador e a corno, entregando
simbolicamente a chave da cidade ao homenageado e surrupiando a chave do cofre
da prefeitura.
Para
abrilhantar ainda mais a festança, aparece Madame Preciosa que não podia perder
um evento de tamanha envergadura, que a cartomante só gosta de coisa grande. O
prefeito aproveita a remandiola para inaugurar um fiteiro, um puteiro e dois
batentes de casa suspeita. No seu discurso, o licurgo (que porra é isso?)
finaliza obrando: “é um grande prazer venéreo inaugurar essa via situada numa
zona que tantas alegrias e blenorragia nos deu”.
Com meu insincero
voto de pesar pelo teu azar,
Maciel Caju
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