Arnaud Neto tocando flauta na sua banda. O filho
Ravi vai crescer ouvindo acordes dissonantes numa família amiga da harmonia
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Quando se chega na
tal da idade madura, meia idade, ou melhor idade, ou o que diabo se chame essa
parada depois dos cinquenta, quando a gente começa a dizer ai quando senta e ui
quando levanta, acaba um pouco nossa expectativa quanto ao resto da humanidade.
Esse indecente instinto egoísta que nos deixa um tanto indiferentes quanto ao
destino do mundo, já que estamos, de certa forma, começando a arrumar as
tralhas pra partir pro andar de cima. O
cara fica meio acuado, sem querer saber mais de quase nada.
Assumo que entrei
nessa fase, mas hoje até que me interessei mais pelo destino desse mundinho
sofrível, sabendo que nascerá meu primeiro neto, filho de Arnaud Neto, o Arnaud
do Sax. O futuro cidadão ganhará o nome de Ravi.
Ravi é um nome
sânscrito, significando sol. Certamente foi escolhido pelo pai, homenageando
Ravi Coltrane, filho do legendário saxofonista John Coltrane, que por sua vez
recebeu esse nome para lembrar o grande sitarista Ravi Shankar.
Quando o Ravi ficar
rapaz, vai saber que seu nome corresponde a generosidade, caridade e
companheirismo. Vai exercer uma atividade ligada a isso, de entender as
necessidades dos outros, sempre pensando num mundo melhor, segundo vaticínio
dos antigos estudiosos desses lances exotéricos. Conforme garante estudo da
Northwestern University, nos Estados Unidos, um nome pode ter um impacto
profundo sobre a criança e repercutir muito na idade adulta. Pode influenciar
mesmo a forma como elas pensam em si mesmas e a forma como as pessoas pensam
sobre elas. Ravi é um bom nome para se carregar vida afora.
Parabéns a Louise de
Miranda e Arnaud Neto, os pais de Ravi, e que ele não seja um menino muito
chato porque aí vai bater de frente com o avô, um chato de galocha, tamanco e
guarda-chuva.
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