terça-feira, 28 de janeiro de 2014

Professor Bilunga para secretário de educação

Bilunga dando aula com novas turmas de concurseiros de Itabaiana 

Não se pode mudar a realidade do mundo, mas deve-se fazer um esforço. Esse pensamento serve de leitmotiv para a vida de muita gente, incluindo meu compadre Severino Lourenço, uma vida que ele tem aplicado não em desenvolver teses ou criticar A ou B, mas à prática de realmente educar, aquele que “aprende ao ensinar e ensina enquanto aprende”, conforme Paulo Freire, e mais ainda, é aquele que ensina sem querer nada em troca, a não ser a satisfação de ver seu aluno progredindo na vida. Lição clara de uma vida de educador que utiliza seus domingos para ensinar matemática, física e português para turmas de jovens que se preparam para concursos públicos, sem cobrar nada. Já ajudou muita gente a conseguir seu emprego, abrindo perspectivas divinas numa cidade que não oferece quase nenhuma oportunidade de sobrevivência digna para seus moradores jovens.

Esse professor Bilunga, como é mais conhecido, vive na cidade Itabaiana do Norte, onde a Prefeitura local pretende gastar oito milhões e meio de reais neste ano de 2014, dotação orçamentária da Secretaria de Educação. Imaginem vocês essa bolada nas mãos de um cara como Bilunga. Porque, sem nenhum tostão, ele já emprega sua rara energia de mestre na difusão do conhecimento em ambientes emprestados e escolas particulares, com oito milhões eu tenho absoluta certeza de que ele iria animar de tal forma a equipe pedagógica local, os professores e funcionários da rede pública, com a bandeira de seu ideal, e procuraria atender com a maior eficiência e cuidados possíveis as metas de ensino, a fim de dignificar a pessoa humana que merece que seus direitos sejam assegurados e atendidos. Para isso, dinheiro oficial não falta.

Eu no cargo de prefeito da cidade, nomeava professor Bilunga como Secretário de Educação. Ele tem uma visão de educação que é fundamental para uma cidade pobre e sem perspectiva para sua juventude. É um dos que acreditam que o ensino deve correr paralelo com lições de sobrevivência, aquilo que modernamente chamam de desenvolvimento humano sustentável, ensinando novas atitudes e contribuindo para modificar positivamente as condições de vida, trabalho e renda das pessoas que convivem nessa comunidade.


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