quarta-feira, 1 de janeiro de 2014

O tempo, esse desconhecido


Cada um tem seu próprio ritmo de tempo. Eu, por exemplo, ainda estou em 2013. Aliás, o tempo passa e eu não mudo nada. Isso sem mudar o fato de que o tempo muda tudo. Entenderam? Aliás, será que existe mesmo esse tempo? Tenho dúvidas.

Entretanto, as coisas mudam no devagar depressa do tempo. A gente é que não percebe. Parece que foi ontem que eu cantava a musiquinha da estrela, tão animado pra mudar essa bosta de país. Foi um dia desses, não faz nem dez anos, eu quebrava o encanto ao ser conduzido para a prisão por acreditar nas promessas de liberdade do sapo barbudo de que falava o velho Leonel Brizola. Dos líricos tempos de admiração e crença nas mudanças, ficou a verve zombeteira de alguns feito a companheira Lourdes do Mituaçu, cantando sua versão da modinha de beira mar:

Essa ciranda
quem me deu foi Lula
que me deixou fula
pela empulhação.

As coisas mudam, não significa que melhorem. Tudo é relativo e depende de você. Nesse começo de ano, voltei a ler a poesia de Sergio Mendonça:

Tu és a tua estrada.
E tens o tamanho exato
da tua própria vontade.

Depois, apanho em cheio o verso de Bráulio Tavares:

A vida canta. A vida luta e tenta
Ser razão de si mesma e seus cuidados.
Basta abraçar alguém de olhos fechados
E de repente o mundo é mais real.
Certo dia... surpresa! Olha o Natal,
Este rito plangente de emboscada.
A vida, a força mais temida e amada,
A única que temos... Então vinde,
Companheiros, e a todos ergo um brinde
Sob esse céu parado em movimento...




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