Blog é
pra isso mesmo, pra falar da gente, mostrar as intimidades. Olha eu aqui na
minha bicicleta ergométrica perdendo calorias. É que a barriga ta tomando a
frente da situação. Engrenagens enferrujadas e sem poder caminhar por causa da
artrose no joelho. Atividade física é o bicho, oxigena as ideias, funciona como
um reset pra cuca.
O bom
mesmo seria se nossos problemas se auto-solucionassem. Mas, eu dou um voto de
confiança a mim mesmo nesse começo de ano, ver se me mexo. Meu corpinho ta se
acostumando à estática. É o mesmo que fazer curso pra defunto. Já passei da
idade de ficar parado. Vida difícil, aura carregada... Nada de descanso viu
amiguinha? Eu, de minha parte, vou é requisitar uma vida extra, mesmo que não
sobreviva às noites. A ordem é se desfazer de 10 quilos, pelo menos.
Tem o
desconforto físico e as tristezas da vida. Amiguinha, quero parabenizá-la pela
coragem de admitir o que você está sentindo. Esta coragem é própria dos que são
íntegros e sinceros. A verdade é que você é linda, criada para um propósito
especial. Descubra o que você gosta e passe tempo desenvolvendo suas
habilidades. Pegue suas melenas quimicamente tratadas, dê um jeito especial,
arrume-se, bote aquela roupa que gosta de vestir, nada de ansiedade nem de se
sentir sozinha que você já é uma multidão. Relativizar os valores. Amorosa e
compassiva como é, sua autoestima pede um
crescimento com os outros e para os outros até que a ideia de se depreciar não
faça mais sentido.
Isso da gente estar sempre inconformado com o que tem, é
inclinação milenar. É o que nos impulsiona pra frente, procurando se melhorar.
Porém, quando a insatisfação ultrapassa e vira angústia, ta na hora de tratar.
Não era de conselhos de auto ajuda que se pretendia falar
aqui. Queria fazer uma coisinha bem humorada sobre condicionamento físico para
sedentários, acabei nesse lero-lero pseudo psicanalista. A triste conclusão é não concluir nada. E a
tal bicicleta ergométrica não ajuda muito a baixar o peso, conforme leio aqui.
Mais uma ilusão. Melancólico blogueiro que foi escrever uma crônica e acabou
por expor sua doença crônica, a tal artrose que me aleija os dedos e deforma os
joelhos. O humor fino, só pra lembrar, é tão imaterial como o perfume. Exige refinamento
do autor. Não combina com esse cronista suado, ranzinza e meio que
desesperançado.
Pessoas sem assunto são
desagradáveis. Sim, e na Parahyba do Norte acabou a neve, chegaram a lama e os
buracos. E a falta de água nas torneiras. Carnaval vem aí, com o picolé de
manga violentando antigos ideais de uma estrela cadente.
Nenhum comentário:
Postar um comentário