Regatar o passado é manter vivo o sentimento
fraterno pelos seus patrícios. Havemos de reverenciar iniciativas de pessoas
que trazem consigo o ímpeto arraigado do resgate da cultura popular. Contar as
histórias de pessoas que fizeram ou fazem história num determinado espaço de
tempo dentro de sua própria realidade, resgatando valores não menos
importante por serem, digamos, "anônimos" para aqueles que não
enxergam o verdadeiro valor de quem fez pela sua comunidade. Não conhecemos
suas trajetórias nem fizemos parte do seu cotidiano, mas somos a continuidade
dos passos dos nossos conterrâneos do passado na construção do enredo da vida
comunitária.
Contar o universo particular de cada personagem
desses é missão de historiador comprometido com sua própria história. Em uma
sociedade que já não quer lembrar do seu passado, dos seus heróis e artistas,
Fábio Mozart pede passagem para nos contar, através de seu livro “Artistas de
Itabaiana”, sobre o rico universo dos itabaianenses que deixaram sua marca na
história da cidade onde nasceu Sivuca. Havemos de reverenciar as pessoas que se
dedicam a resgatar suas próprias raízes, de forma singular e até poética, a
exemplo do grande poeta Antonio Costta, meu conterrâneo, rimando com doçura e
clareza as belezas do nosso Pilar. Este também terá mais uma obra lançada
brevemente, para o bem de nossa literatura.
Mas voltando ao mote dessa matéria, pouca gente
atenta para essa verdade: os frutos colhidos hoje são consequência de sementes
plantadas no passado por gente que merece estar inscrita nos livros de História
para que as novas gerações possam usufruir de safras do mais autêntico sabor
regionalista, porque novas sementes férteis estão sendo semeadas diariamente
por esses artistas para quem dedico essa humilde crônica: Fábio Mozart e
Antonio Costta.
Evanio Teixeira
“Belíssima crônica, nobre amigo e poeta Evanio
Teixeira. Fábio Mozart, para mim, além de grande poeta, é o maior incentivador
da cultura neste vale do rio Paraíba. Merece o nosso reconhecimento, admiração
e aplausos.” – Antonio Costta
Nenhum comentário:
Postar um comentário