Com a professora Rosinha |
No último encontro cultural
que realizamos em Itabaiana, promovido pelo Ponto de Cultura Cantiga de Ninar,
tivemos a presença do Dr. Itapuan Bôtto Targino, da Academia Paraibana de
Letras e pesquisador do patrimônio ferroviário da Paraíba. Entre suas funções e
habilidades, Dr. Itapuan é especialista em cerimonial, tendo escrito um livro
justamente chamado “Manual do Cerimonial”, que é o protocolo regulamentador de
atos e solenidades. Nossa gafe: como Mestre de Cerimônias do nosso sarau
cultural em homenagem aos 110 anos de Zé da Luz, na Câmara dos Vereadores, eu
fui um vexame. Aliás, sou uma vergonha geral nesse item. Não sei seguir os
rituais que conduzem esses atos, mesmo tendo como visitantes pessoas ilustres
como o próprio Presidente da Academia Paraibana de Letras, Dr. Damião Ramos
Cavalcanti, e autoridades locais, como o Secretário de Cultura de Itabaiana,
Luciano Marinho.
Peço desculpas publicamente aos
que censuraram meu jeito anarquista de conduzir um sarau, ou qualquer outro
evento público. Imagine o que deve ter pensado um cidadão que é membro do
Comitê Nacional de Cerimonial Público, um dos muitos cargos do Dr. Itapuan,
ex-reitor da Universidade Federal da Paraíba. A culpa é do compadre Sander Lee,
esse sim, um cerimonialista juramentado. Sander sempre é convidado para
conduzir nossos eventos, mas sempre falta, talvez com medo das nossas gafes.
Falando em protocolo, ou falta
de, o relógio marcava 18 horas da sexta-feira, 10 de outubro, quando a turma do
Ponto de Cultura descobriu um defeito no nosso projetor, inviabilizando o
lançamento do curta-metragem “Feminino plural” no sarau marcado para 20 horas
na Câmara de Itabaiana. Apavorado, liguei para Clévia Paz , outra
cerimonialista talentosa, mas, na ocasião, imprestável para a função porque
acometida de virose e inflamação na garganta. Ela me indicou a professora
Rosinha, gerente da 12ª Regional de Ensino, que poderia emprestar um data show. Fui até à repartição, onde
encontrei dona Rosinha ainda no expediente. Falei com sua assessoria, agendei
audiência imediata e fui recebido no ato pela gentil professora. Sem nenhum
resquício de formalidade ou burocracia, ela colocou o equipamento à nossa disposição.
Aproveitei para falar sobre alguns pontos pendentes na área da educação e
cultura, e ficamos de retomar a conversa dia 27 de outubro, após a eleição.
Pois é, meu jeito é esse, sem
cerimônia. Gente acostumada com os usos das etiquetas me chama de mal educado,
sem respeito pelas autoridades e rituais. Tenho horror aos discursos. Admiro os
que têm energia e carisma para conduzir um evento. Não tenho. De minha parte,
louvo pessoas como dona Rosinha, práticas e sem rodeios, que vai direto ao
ponto e tem uma mentalidade aberta, não quer ser mais uma “autoridade” fútil e
infértil, mas tem consciência de que está ali para servir à comunidade da
melhor forma, sem formalismos, como demonstrou.
Nenhum comentário:
Postar um comentário