sexta-feira, 30 de outubro de 2015
Tula garante que foi ele quem fundou Itabaiana, depois de expulsar os índios cariris
Tula parece uma criança que nunca
deixou de ser. De riso fácil e alegria leve, enfrenta a brutalidade do ferro e
da vida com a maior descontração. Diz que tem mais de cem anos, mas parece que
beira os oitenta. “Eu fundei Itabaiana”, diz com um sorriso. Cresceu ajudando
nos serviços de solda, onde aprendeu a fazer peças metálicas. Brincando,
construiu um boneco feito de porcas e parafusos. Achou bacana e foi
amadurecendo sua arte.
Meu compadre Tula é um artista
popular que mereceria recompensa e galardão pelo trabalho que faz, coisa que
está tão longe quanto a terra do sol numa terra onde um pintor como Otto
Cavalcanti jamais teve apoio para mostrar seu trabalho internacional, mestre
que é do universo das artes visuais da Europa. Aqui fica meu registro dessa
pessoa singela e inocente, o velho Tula que encontrei pelas ruas da velha
Itabaiana do Norte nesta tarde de quarta-feira, 28 de outubro.
Um dia, quem sabe, serei o marchand que divulgará o trabalho de
Tula. Se eu pudesse, cuidaria pessoalmente para que o trabalho de artistas como
Tula pudesse ganhar cada vez mais o respeito dos seus conterrâneos.
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Meu avô querido! 3 anos da sua partida, meu pai tula! 😢❤️
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