Familiares de Chico, entre eles sua filha, Tabira, a 4ª da direita para a esquerda (Foto: Michel Melo) |
Consumado o golpe
militar de 1964 no Brasil, dominado o Congresso Nacional, através da
cassação de mandatos parlamentares, exiladas as principais lideranças do país, reprimido
com violência o movimento estudantil, presos políticos abarrotando
penitenciárias em todo o país. Eis o cenário imposto pelos militares no poder.
Cerceada a oposição legal, através de extinção dos partidos políticos
tradicionais e com o bipartidarismo imposto pela força, emergiram lideranças
corajosas entre os estudantes, profissionais liberais e até religiosos no
combate à ditadura. Uns optaram pela luta armada, outros fizeram da imprensa
independente sua trincheira de luta. Um desses foi o agitador cultural e
político Francisco Joaquim de Almeida Neto, o Chico Veneno, de Itabaiana, cujo
jornal “Evolução” foi um marco na imprensa combativa dessa cidade nos anos de
chumbo, entre 1964 e 1968.
O jornal de Chico
foi reeditado pelos jornalistas Fábio Mozart e Socorro Almeida, cujo número
inicial desta nova etapa da publicação foi lançado nesta quarta-feira, 28, no
Maison Finesse em Itabaiana, com presença de ex-companheiros de Chico, como o
professor Israel Elídio de Carvalho Filho, e familiares do jornalista
homenageado. A irmã, Lourdinha Almeida, fez um breve relato de sua trajetória
política e artística. Chico foi também cineasta e escritor.
O jornal será
distribuído gratuitamente na comunidade, e servirá de laboratório para
estudantes de comunicação e outros agentes sociais e culturais da cidade.
Na mesma noite,
foi lançado o CD Vitalidade, do compositor Vital Alves, que ofereceu ao público
presente uma mostra do seu trabalho.
O jornal
“Evolução” tem patrocínio do Fundo de Incentivo à Cultura Augusto dos Anjos, da
Secult/PB.
Nenhum comentário:
Postar um comentário