Mãe Lulu com seu filho Ravi, meu neto |
Hoje sendo o dia
oficial do abraço, é por acreditar em encruzilhar esquinas com gente do meu
naipe que abraço meu compadre poeta Osvaldo Meira Trigueiro, estudioso e
pesquisador de nossos verbos, movimentos e jeitos de estar no mundo do
nordestino.
Neste dia, abraço no
escuro a fina flor da raça das abelhas, minha melhor escolha nessa vida de errâncias.
Acaricio e abraço
meus pais, tranquilamente vivendo e ainda saciando nossas fomes de afeto.
Em meio à pequeneza
das coisas mundanas, abraço triste aquela menina que morreu na flor dos anos e
deixou flores tristes em minhas mãos. E olhe que esse espetáculo aflitivo das
pétalas caindo por entre os dedos já rola há mais de 40 anos.
No dia do abraço,
quem mais abraçaria? Prefiro assinalar quem não abraçaria. Aquela figura que
finge deitar no teu colo em nome de deuses, mães, filhos e pais, esposas e maridos,
e no hálito da pessoa sentes aquele cheiro inconfundível da morte.
No mundo solitário e
nu, abraço as crianças que dão sentido ao resto de nossas vidas. Abraço meu
netinho Ravi.
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