sábado, 23 de maio de 2015

A crise é motor para prosseguir




A galera do Ponto de Cultura Cantiga de Ninar reuniu-se na casa de Renaly Oliveira, neste sábado, 23 de maio, para discutir a crise, aliás, que já é crônica nesse projeto cultural que se arrasta, mas não quebra. Nossos voluntários, eternos síndicos dessa massa falida que se recusa a morrer, resolveram esquecer as promessas do prefeito Toinho Meu Querido de ajudar com mão de obra na restauração de um galpão para a sede do Ponto, que se encontra desalojado. Vamos assumir as despesas, fazendo nova campanha para levantar recursos para os pedreiros e materiais que faltam. 

Inevitável lembrar que o prefeito Meu Querido já fez diversas promessas ao movimento cultural da cidade, todas aguardando cumprimento.  Mas isso é outra história, que prefiro não comentar. Sobre o caráter e os humores do prefeito, os amigos da cidade Itabaiana do Norte já estão cansados (e de sacos cheios) de saber. 

Como eventual prestador de serviços dessa entidade, nesse momento difícil da Sociedade Amigos da Rainha do Vale do Paraíba, convoco os amigos para ajudar. Venha botar um pedacinho de qualquer coisa em nossa panela cultural, para ver se voltamos a atender os jovens alunos das oficinas de música, violão, flauta, teatro e cinema, onde abriremos um cinema de arte e reabriremos nossa biblioteca. 

Desculpem o tom dramático desse palhaço de baixa patente. Oficialmente, estou preparando minha retirada estratégica do projeto Ponto de Cultura, pra ver se a galera toma outro rumo, sem minha presença “politicamente indesejável” pelos bacanas e donos do poder local. Enquanto isso, faço questão de reformar o galpão e deixar a instituição com sua sede, com a ajuda do meu compadre Sander Lee, da Academia de Cordel do Vale do Paraíba, e dos companheiros voluntários, além das pessoas que sempre nos ajudaram. 

Minha cerimônia de adeus provisório deve sair no começo de junho, com lançamento de livro da professora Jandira Lucena e apresentação teatral de um grupo da Universidade Federal da Paraíba, na Câmara dos Vereadores. Deixarei tudo sob o signo da lealdade e da amizade, tomando o vinho fino da decência com meus compadres e comadres que comigo navegam nesse barco. “Navegar é preciso...”

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