O autor falando sobre o livro na Rádio Tabajara (Foto: Fabiana Veloso) |
Imagina
o cara escrever um livro sobre o futebol brasileiro e esquecer de Pelé. Foi algo
parecido que aconteceu comigo: a diagramação do meu livro “Artistas de
Itabaiana” deixou de fora a biografia de Vladimir Carvalho, um dos mais
importantes documentaristas do cinema brasileiro, itabaianense da gema.
Sem
ter a quem apedrejar por esse erro grotesco, atribuo a mim mesmo a falha. Em
algum momento, o computador deletou o arquivo com o conteúdo do livro. No
processo de reunir novamente os originais, deixei de fora nomes importantes
como o próprio Vladimir Carvalho e o compositor Sostemar Matias. Pecado para
ser reparado em uma segunda edição, que espero ter condições de lançar o mais
depressa possível.
Os
primeiros exemplares do livro “Artistas de Itabaiana” já estão circulando entre
as pessoas que figuram no sumário. São 95 mini-biografias de artistas e
escritores itabaianenses cujo perfil consegui resgatar, em projeto financiado
pelo Fundo de Incentivo à Cultura Augusto dos Anjos. Para muitos, esse resgate
é um tesouro. Para outros, não tem importância alguma. Imaginem vocês que uma
pessoa homenageada no livro foi visitada pelo valoroso compadre Giuseppe
Marcello, que levava um exemplar do livro autografado. Essa digníssima pessoa
nem ao menos se deu ao trabalho de descer do seu pedestal para receber o
portador. É que muita gente pode até ter talento, mas falta um pouquinho de
educação doméstica. Na próxima edição, vou tirar essa criatura do livro, pela
desfeita ao compadre Giuseppe. Claro, estou brincando. A obra dessa criatura grosseira
é importante, não tem nada a ver com seu jeito descortês.
No
mais, é preparar o lançamento do livro para o dia 20 de junho, em parceria com
o doutor Romualdo Palhano que vai apresentar seu livro “Itabayanna – entre fatos
e fotos”, nas comemorações dos dez anos do Ponto de Cultura Cantiga de Ninar.
Esse artista estará recebendo a Comenda Sivuca e o título de Cidadão
Itabaianense, da Câmara Municipal. É um cara que eu acompanho desde tempos
remotos, quando ele pisou em um palco pela primeira vez para interpretar o
papel de um cego na minha peça “A peleja de Lampião com o Capeta”. Depois,
percorreu um caminho iluminado no teatro e na vida acadêmica, conforme conto no
meu livro.
De
certa forma, a constelação dos artistas de Itabaiana está incompleta, mas a
maioria do time de primeira linha está lá. E mais gente aparece na cena
artística da cidade, que precisa ser registrada em nova edição. Vou ver se
gerencio bem essa fornada. Outra edição, se vier, é uma consequência.
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